No dia 12 de março, tivemos mais um treino aqui no DF. Dessa vez, a arena escolhida foi o Parque Ecológico de Águas Claras. Um parque urbano muito bem localizado na satélite de mesmo nome.
Foi utilizado o app MapRun6, que rendeu toda aquela gama de funcionalidades que tanto encanta aos orientistas (rotas no RouteGadget, apuração instantânea, tabelas de resultados no SplitsBrowser, visualização do seu percurso sobre o mapa e sobre o terreno etc.).
E se você estiver aqui por Brasília, acesse o aplicativo e vá lá curtir a pista e deixar seu nome no ranking. Este percurso está garantido durante todo o ano de 2022. O mapa está disponível em formato .pdf, para quem quiser baixar e imprimir.
Boas rotas \o/
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Olá, orientistas e entusiastas dos esportes outdoor e de navegação.
No dia 06 de fevereiro de 2022, realizamos no Parque Bosque do Sudoeste uma pista treino com mapa impresso e prismas físicos, utilizando o MapRun6.
Foram aproximadamente 50 orientistas que aproveitaram o momento para reviver uma pista sprint e usufruir dos benefícios do aplicativo MapRun6. Ainda, uma oportunidade de treino preparativo para o Troféu Cerrado de Orientação 2022.
Quem quiser praticar o esporte no Parque Bosque do Sudoeste basta acessar o mapa no aplicativo MapRun6 (disponível para Android e IOS). O aplicativo também permite o download do mapa em formato .pdf para impressão. Portanto, é possível praticar usando a tela do celular ou o mapa impresso. A segunda opção considero a melhor, pois o aplicativo fará o papel de um chip de controle e do sistema de apuração. Aproveitem!
Abaixo um vídeo da pista, no formato "tempo real":
Fechamos o ano de 2021 com mais de 40 lives. E a temporada de 2022 já começou.
Em 2021, ainda sob impacto da pandemia da Covid19, ainda assim conseguimos acompanhar a realização de vários eventos. Tivemos, enfim, o CamBOr 2021, a Copa Sul, e alguns eventos locais. Vários estados se mobilizaram para proporcionar ao menos um torneio de orientação. E tivemos, enfim, o uso do MapRun6 em uma prova na cidade de João Pessoa, na Paraíba. Quem fez as honras deste evento foi o casal Estrela e Suênia, do clube Corele.
Ainda com relação ao CamBOr 2021, fizemos a doação de R$93,79 ao Calangos do Sertão. Este foi o valor decorrente das compras que vocês realizaram na Decathlon, utilizando os links que compartilhamos nas nossas lives do YouTube. O Calangos do Sertão fez uma campanha de arrecadação financeira para custear a ida de alguns de seus atletas ao campeonato brasileiro.
Agora em 2022 já foi inaugurada a primeira Pista Permanente de Orientação em Salvador, Bahia. Também utilizando o MapRun6. O clube Carcará Expedições e Aventura é o responsável. E logo no início de fevereiro teremos o II City Race de João Pessoa. Seguindo o sucesso da primeira edição realizada em 2021, tendo o MapRun6 como sistema de apuração e registros.
Infelizmente, o POM (Portugal O-Meeting) foi cancelado. Isso reforça a importância de levarmos a sério os reflexos da atual pandemia. Este evento é considerado como um dos melhores do mundo, além de ser a abertura oficial da Orientação Pedestre mundial. Esperamos que em 2023 tenhamos, enfim, uma grande festa nas terras portuguesas.
Aos poucos, o mapa de competições de orientação no Brasil vai se desenhando.
Já as provas de corridas de trilha, corrida de aventura e treking estão com seus calendários bem robustos. Em Brasília, por exemplo, teremos em março a volta do Circuito Ecocross. Ocorrerá no Morro da Capelinha. E em Campos do Jordão foi divulgado o boletim do Rocky Mountain Games 2022.
Não custa lembrar que todas essas provas nacionais dependem do aval das autoridades sanitárias.
Aqui a mais recente atualização do nosso calendário. As informações foram extraídas do site da CBO, de mensagens dos organizadores e de sites das Federações e clubes.
Aproveite para se programar. Afinal, nada melhor que conjugar aquela viagem, seja a trabalho ou a lazer, com uma pistinha de Orientação. Não só isso! Planeje seus treinos para obter os melhores resultados nas competições que você pretende participar.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Boas rotas \o/
2020 já começou e acredito que todos vocês já estejam traçando as rotas para que seja um ano com muitas corridas de orientação.
Eu mesmo já estou organizando a agenda para alguns eventos importantes. Claro que com a devida autorização da família. No ano passado, deixei de competir para curtir o melhor dos presentes que a vida poderia me dar. Agora é hora de reiniciar os treinos e me preparar para alguns novos desafios pessoais.
E para ajudar toda a família orientista a planejar seus eventos, busquei reunir em um único calendário as atividades mais significativas já programadas para este ano. A maior parte das informações foi extraída dos sites das federações estaduais e do site da IOF. Também recebi informes de alguns clubes e promotores de eventos. Vou deixar o calendário disponível no formato .pdf (clique aqui) e compartilhar em alguns grupos de aplicativos de mensagens e nas redes sociais.
Você também pode colaborar, seja divulgando, seja informando alguma alteração ou inclusão de evento. Sempre que possível, efetuarei os ajustes necessários, informando a data da atualização.
Ah, não se esqueçam de conferir as informações oficiais nos sites das federações, da CBO e da IOF.
Que tenhamos todos um 2020 com ótimas rotas.
Boas rotas \o/
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
O dia 2 da competição foi dedicado ao percurso longo, na
fazenda Paineiras. A arena, muito bem montada, contou com várias amenidades. E
a organização do evento preparou um ponto de expectador para que todos pudessem
acompanhar mais de perto os atletas.
Quanto ao ponto de expectador, aparentemente o objetivo não
foi alcançado, pois o público presente optou por acompanhar os atletas na
linha de chegada. Talvez o motivo tenha sido a distância e o declive, que acabaram sublimando as expectativas.
Um grande número de crianças iniciantes também aproveitou a estrutura do evento. Neste ponto, observo que elas iniciaram seus percursos
em área branca. Muitas delas acabavam por solicitar ajuda dos atletas,
demonstrando que talvez ali não fosse um local ideal para essa iniciação.
Entretanto, foi realmente bonito de ver aquela galerinha toda com seus mapas e
vibrando a cada pontinho encontrado.
Os resultados do percurso longo estão disponíveis no
Helga-O. E temos um excelente álbum de fotos, com mais de 650 imagens de
presente para vocês. Veja todas elas clicando aqui.
Depois do percurso longo foi realizada a Assembleia da CBO,
na qual houve a aceitação das contas prestadas pela gestão do presidente Sergio
Mendes, além da eleição para a nova diretoria e conselho fiscal.
A noite terminou com a realização do SimpOrient. Um evento científico
de primeira linha onde os presentes
compartilharam várias experiências em prol do desenvolvimento do esporte.
No domingo foi realizado o percurso médio e a premiação do Pre-O e do CamBOr. O álbum de fotos deste dia está muito bacana. Conta com várias fotos feitas pelo colega Neviton, da Bahia. Clique aqui para conferir.
Importante ressaltar que toda a comunidade da cidade estava ciente da magnitude deste CamBOr. Foi muito legal ouvir as perguntas e perceber o incentivo dos populares. Arisco dizer que muito se deve ao envolvimento da prefeitura municipal, cujo chefe do executivo local é, também, um orientista. Meus sinceros parabéns aos envolvidos.
Deixo aqui, também, o link para uma das matérias televisivas sobre essa competição. A matéria está bacana e mostra vários orientistas em ação. Clique aqui para assistir.
Assim que possível, quero conversar com vocês sobre minhas rotas. Mas isso é assunto para um outro post, bem detalhado.
E você? O oque achou dos percursos tradicionais do CamBOr 2019? Deixe
aqui seus comentários. A família orientista agradece.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
A cidade mineira de Bom Despacho está sediando a edição 2019 do Campeonato Brasileiro de Orientação, o CamBOr 2019. É a primeira vez que se aplica a nova regra de etapa única anual, conforme decidido pelas Federações e pela CBO.
Com um claro e marcante e marcante apoio da prefeitura da cidade, o evento conta com a participação de mais de 700 atletas de todo o Brasil. Também temos estrangeiros na disputa, já que o CamBOr tem pontuação válida para o WRE.
No dia 28 tivemos a realização das provas Sprint. Os resultados estão disponíveis no site Helga-o.
Fizemos um belo álbum de fotos o qual está disponível clicando aqui. Veja as fotos e compartilhe. Pedimos apenas a gentileza de dar os devidos créditos quando da publicação das imagens nas redes sociais, citando @orientistaemrota e #orientistaemrota.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Em Brasília está acontecendo neste final de semana o evento regional Troféu Cerrado de Orientação 2019. Ao todo serão três provas - sprint, percurso longo e percurso médio. A sede do evento é o campus de Planaltina do Instituto Federal de Brasília. Uma área de cerrado nativo bastante desafiadora e competitiva.
O período da competição foi escolhido propositalmente para fazer parte do calendário de atividades do World Orienteering Day - Dia Mundial da Orientação.
Acompanhe as atualizações sobre o TCO2019 no blog e em nossas redes sociais.
Temos dois álbuns de fotos disponíveis para você, orientista: um deles, da linha de chegada,está disponível clicando aqui.
O outro álbum - com imagens da partida e da premiação - gentilmente cedido pelo orientista e fotógrafo André Pivoto (Comib), está disponível clicando aqui.
Seja inteligente! Pratique corrida de orientação.
A abertura do Campeonato Goiano de Orientação - CamGOr 2019 - foi uma bela festa. O local escolhido foi uma fazenda na região do Balneário das Lages, em Cristalina-GO. Para refrescar a memória, nessa região ocorreu a II Etapa do CamBOr 2018. Cerrado nativo, recortado por rios e córregos, boas elevações e uma mata que ganhou mais densidade devido às chuvas constituíram o conjunto de ingredientes desafiadores.
Mantendo a tradição, participaram do evento organizado pelo COSEC competidores de clubes goianos, mineiros e do Distrito Federal. Pouco mais de 60 atletas puderam testar toda sua técnica e resistência nos percursos traçados pelo atleta de elite Diego Sousa. O mapeamento ficou sob responsabilidade de José Carlos Barbosa.
E é sobre mapas e rotas que vamos conversar agora.
Participei do evento competindo na HMA. O mapa apresentava a distância de 5,2km e os organizadores estimaram em 80 minutos o tempo do vencedor. Como nem tudo são flores, precisei de quase 120 minutos para terminar a prova - felizmente na primeira colocação, sendo três concorrentes no total. Abaixo o mapa da categoria, com minhas escolhas:
No lado direito do mapa notem uma tabela com os tempos por pernada. Na coluna "Straig" ela informa a distância em linha reta, e na coluna "Route" a distância efetivamente percorrida. A última linha (Total) apresenta o balanço geral da prova. Percorri quase 3,5 km a mais que as rotas em linha reta. Bem acima da minha meta (até 20% além da distância do mapa, num pace de 7'/km).
Transformando em tempo, se considerarmos que meu pace médio na prova foi de 13'23", e que percorri mais de 2 km além da meta, teria economizado pelo menos 26' do tempo total de prova.
Portanto, conseguiria atingir tempo mais próximo do estimado inicialmente pela organização do evento.
Vamos discutir as rotas que considero com maior potencial para nos ensinar.
Rota do ponto 6 para o ponto 7
O que planejei: seguir em azimute até a trilha e atacar o ponto.
O que fiz: segui em azimute, mas ao encontrar a primeira trilha indistinta, não atentei para a distância percorrida até então. Ataquei o ponto como se estivesse na trilha planejada para servir de ataque. Busquei me localizar novamente e parti para o local correto, atacando o ponto de forma efetiva.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado. Respeitar a contagem de passos, diminuindo a possibilidade de ataque equivocado.
Rota do ponto 7 para o ponto 8
O que planejei: chegar no ponto de passagem do rio pela trilha ao norte do ponto 7. Após a travessia, pegar a trilha ao sul do córrego até os barrancos. Dali atacar o ponto fazendo nova travessia da linha d'água.
O que fiz: segui conforme o planejado até os barrancos. Ocorre que a região era muito difícil de transpor. Fiz uma leitura incorreta e entendi que haveria uma pequena trilha auxiliando a passagem. O ataque foi alguns metros antes do ponto correto, fazendo com que mais tempo e energia fossem desperdiçados. Retornei à trilha, segui até o ponto de ataque mais favorável e executei nova tentativa de travessia. Outros competidores se juntaram a mim e percebemos um atleta do outro lado do córrego, na região do ponto. Isso serviu de confirmação da localização do ponto, sendo necessária somente a travessia do córrego e subida do barranco para, enfim, encontrar o ponto.
O que deveria ter feito: sem dúvidas, a melhor opção era passar pelo prisma zero e atacar o ponto pelo lado norte. Vale ressaltar que durante a abertura do evento houve uma série de informes da organização. Um deles tratava da questão das áreas de barrancos, que seriam de muito difícil transposição. Ao definir como melhor rota aquela que me obrigava a efetuar uma travessia por barrancos e linha d'água, comprometi praticamente toda a prova. Faltou atenção e inteligência. Foram desperdiçados cerca de 10 minutos nessa rota. Como bem sabemos, a frustração aliada ao cansaço podem refletir em erros nos pontos seguintes. Tive que respirar um pouco para retomar a prova compilando os ensinamentos dos colegas mais experientes (Gilson de Faria, Fernandes e Marco Aurélio, dentre outros): "cada rota é uma nova prova; o tempo perdido não é passível de recuperação; o resultado final será a soma de cada rota; faça o seu melhor". Assim procedi, tendo bom desempenho até me deparar com mais um equívoco...
Rota do ponto 14 para o ponto 15
O que planejei: seguir em azimute, com erro proposital para o norte, alcançando a área de árvores esparsas. Dali atacar o ponto, utilizando as árvores de destaque.
O que fiz: observem que a saída do ponto 14 não foi segura. Isso prejudicou o azimute inicialmente planejado. O erro proposital não me levou até as árvores esparsas, prejudicando, também, o ponto de ataque. Na tentativa de correção, voltei para a área de árvores esparsas e azimutei em busca das árvores de destaque próximas ao ponto. Não obtendo êxito, segui em direção ao encontro da cerca com o córrego, definindo novo ataque por ali. Somente usando essa barreira de segurança, consegui atingir o objetivo.
O que deveria ter feito: a estratégia inicialmente planejada não era das piores. Entretanto, a diferença de vegetação não era tão confiável. Outras opções poderiam ser adotadas. Por exemplo, seguir em azimute diretamente ao ponto, fazendo a devida contagem de passos. Como pontos de checagem eu poderia ter utilizado a árvore de destaque com montículo e depois o conjunto de árvores de destaque no círculo. Outra opção seria seguir pela trilha até sua bifurcação e, a partir dali, atacar o ponto, buscando como novo ponto de checagem as árvores de destaque. Mais um erro com desvio de 360%. 800 metros de energia desperdiçados. Mas não o suficiente para provocar minha desistência ou me desestabilizar.
Esses erros ainda surgem nas provas que participo. Preciso melhorar alguns aspectos relacionados à manutenção dos princípios básicos da Orientação, como a contagem de distância e o uso dos pontos de checagem. Espero conseguir na próxima prova. Também preciso melhorar a manutenção do pace médio. Já observo que não necessito correr tanto em determinados pontos. O importante é a média.
O que você achou dessa análise de rotas? Deixe seus comentários aqui no blog. Eles podem, inclusive, ajudar os demais leitores.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
O papo de hoje é sobre a abertura do Campeonato de Orientação do Distrito Federal 2019 – CODF2019.
O evento ocorreu na região do Poço Azul, na cidade satélite de Brazlândia. Um terreno de cerrado nativo, em terreno bastante acidentado, com presença de
áreas com pedras, nascentes de rios e muitas trilhas com árvores (404), campos (401 e
403), mata de corrida lenta (406, 407 e 408) e mata intransponível (410).
A organização ficou a cargo do COASSEB - Clube do Rocha, que tratou de proporcionar muitos mimos aos participantes. Dentre eles, um café-da-manhã, sorteios de brindes oferecidos pelos apoiadores e a realização de um vídeo promocional tendo como atores principais os próprios orientistas. Ao todo, foram mais de 170 competidores. Inclusive com a presença do orientista e atual vice-chefe do Executivo, o senhor Hamilton M. Também participaram da prova os novos orientistas que obtiveram certificado de participação no primeiro curso de formação de 2019.
Uma outra novidade é que para 2019 as medalhas comporão uma mandala. Ao final do torneio, os vencedores de cada categoria receberão como troféu uma base específica para afixar o conjunto de 4 medalhas recebidas ao longo do campeonato.
Quanto à parte técnica, os mapas e os percursos agradaram à maioria dos participantes. Os traçados primaram pela navegação e segurança. Entretanto, duas situações atípicas exigiram mitigação rápida: uma base eletrônica teve que ser substituída durante a prova e houve um equívoco na impressão de sinaléticas avulsas para duas categorias. Como é de conhecimento, neste caso (de erro na sinalética avulsa) o competidor deve utilizar as informações do mapa e nele consultar o descritivo dos pontos.
Ah, assistam ao vídeo promocional elaborado pela Drone360. Segundo o presidente do COASSEB, Wallace Lucas, foi feito com muito carinho e no intuito de promover nosso esporte mostrando a todos como é divertido e gratificante praticar a corrida de Orientação:
E não deixe de comentar suas impressões sobre essa prova. As manifestações são importantes para que a FODF promova as melhorias necessárias em seus eventos e traga sempre boas novidades para todos.
No último final de semana (16 e 17 de março) ocorreu a seletiva para a formação da equipe que representará o Bradil no Campeonato Mundial Estudantil de Orientação. O evento foi promovido sob responsabilidade da FODF e sediado no município de Luziânia-GO, no entorno do Distrito Federal. Também serviu para a CBO definir os selecionados para o JWOC2019, o Mundial Júnior de Orientação.
Essa seletiva é um momento histórico, pois a CBDE - Comissão Brasileira do Desporto Escolar -, num acordo inédito, vai custear os dez selecionados que irão nos representar no ISF World Student Orienteering Championships, que acontecerá em maio na Estônia. Já a CBO, solucionando uma alteração de última hora devido à desistência do apoio oferecido pela DEPA (Departamento de Educação Preparatória e Assistencial do Exército) se comprometeu a custear a ida de 5 atletas para o JWOC2019, na Dinamarca.
A disputa foi acirrada e emocionante. Nossos jovens atletas, nascidos entre 2001 e 2005, embalados pela torcida empolgante dos colegas e ao som dos gritos de apoio dos pais, responsáveis e técnicos, suaram a camisa para demonstrar o merecimento a uma das tão sonhadas vagas. Foram mais de 70 orientistas representando 11 unidades federativas da União.
Estiveram presentes no evento a CBO e a CBDE. Vale frisar que o representante da CBDE que acompanhou essa seletiva, após ver de perto nosso esporte, declarou que apoiará a modalidade inclusive na implantação das Federações nos estados que ainda não a possuem. A expectativa é ampliar a participação estudantil no âmbito nacional. Isso demonstra o enorme potencial da corrida de Orientação, seja em termos de organização e estrutura, seja enaltecendo os aspectos pedagógicos, ambientais e físicos que ela proporciona aos seus praticantes.
Sobre as disputas
Os estudantes foram divididos em quatro categorias (D1/H1 e D2/H2). Todas com nível A de dificuldade. No dia 16 foi realizado o Percurso Longo e no dia 17 o percurso Médio.
O local da disputa apresentou boa variação de relevo e vegetação, possibilitando mapas de excelente qualidade. A prova Longa se caracterizou pelos percursos técnicos e a prova Média, com boa parte dos percursos em área branca, buscou evidenciar características de velocidade e resistência dos competidores.
Os resultados das provas e a lista de selecionados estão disponíveis no site da CBO.
E nosso álbum de fotos está disponível clicando aqui.
Os atletas selecionados para participação no Mundial Escolar (Estônia) foram:
Categoria D2
Laura Viera Maia, de Minas Gerais, campeã da seletiva
Larissa Silva de Freitas, do Distrito Federal
Alana Santos de Souza, da Bahia
Aline Correia de Almeida, do Pará
Júlia Gaspar Rosal, do Pará
Categoria H2
Ryan Barbosa Castro, da Bahia – campeão da seletiva
Luiz Guilherme M. Mello, do Ceará
Arthur Ferreira Nascimento, do Pará
Bernardo Dutra Barbosa, do Rio de Janeiro
Victor Hugo C. Lopes Rego Pereira, do Rio de Janeiro
Os atletas selecionados para participação no Mundial Júnior (Dinamarca) foram:
Categoria D1
Kailani Ecke dos Santos, do Rio Grande do Sul, campeã da seletiva Rafaela Souza Liborio Pettersen, de Minas Gerais
Categoria H1
Gean Carlos Soares da Silveira, do Rio Grande do Sul, campeão da seletiva Lucas Cremonese Jaeger, do Rio Grande do Sul
Gabriel Azevedo Rodrigues Ferreira, do Rio de Janeiro
Parabéns a todos os orientistas e organizadores pelo sucesso na realização dessa seletiva.
Um recado aos selecionados
Desejamos uma excelente viagem às nossas delegações. Continuem focados na preparação, pois o desafio apenas está começando. Vocês terão pela frente a grata oportunidade de competir junto com atletas de nível internacional. Levem consigo a humildade para aprender mais. Tragam as experiências e as compartilhem com os orientistas que estarão aqui torcendo por vocês.
Especificamente para os que vão à Dinamarca, não deixem de ler nossa experiência no WMOC2018, em Copenhagen (clique aqui e aqui).
Agora vamos conversar sobre o Troféu Cerrado de Orientação - TCO 2018 - que ocorreu na cidade de Ipameri-GO. O número de atletas foi menor em relação ao ano anterior, mas as disputas foram acirradas como de costume.
O torneio contou com a realização de dois percursos tradicionais - um longo e um médio. E ainda houve a oferta de uma pista tipo sprint para aqueles que tinham disponibilidade para uma disputa na sexta-feira.
Sobre o sprint, destaque para o uso de um curral o qual desafiou o raciocínio dos competidores, por se parecer com um labirinto. Também houve a colocação de um ponto em posição equivocada, com correção durante a prova. Para este segundo caso, sugiro a leitura deste post, no qual comento sobre um erro meu durante a montagem de um percurso também sprint em Brasília.
Os percursos longo e médio ocorreram em áreas distintas, tornando mais interessante a competição. Apesar de em locais diferentes, as características de vegetação e relevo foram mantidas.
Abaixo os mapas dos três percursos, com minhas respectivas escolhas (clique na imagem para ampliar).
No Sprint minha maior dificuldade foi devido à colocação do ponto 4 em local diferente do que estava descrito no mapa e na sinalética. Acabei contornando o prédio sendo que o ponto estava no segundo andar da construção. A Organização colocou o ponto no local correto e, por consequência, os demais competidores puderam concretizar suas rotas em tempos menores que o meu.
No Percurso Longo cometi vários erros pequenos os quais me tomaram bastante tempo. Acabei terminando a prova na segunda colocação, mas com a sensação de que a classificação se deveu aos erros mais graves dos meus concorrentes.
Rota da partida para o ponto 1
O que planejei: sair pela trilha à esquerda e, após passar pelo aceiro da linha de alta tensão, seguir em azimute para o ponto 1.
O que fiz: ao chegar no aceiro da linha de alta tensão, percebi que a progressão era mais veloz pela vegetação. Ao chegar à área limpa, perdi a concentração e acabei passando por duas cercas. Ao efetuar a conferência do mapa, numa região onde havia uma cerca e árvores de destaque, percebi o erro e azimutei em direção ao ponto.
O que deveria ter feito: seguir conforme o inicialmente planejado, dispensando o aceiro da linha de alta tensão.
Distância percorrida além do necessário: 100m.
Distância real além da linha vermelha: 45% (400m).
Rota do ponto 1 para o ponto 2
O que planejei: seguir em azimute pela linha vermelha, utilizando a cerca como ponto de checagem.
O que fiz: parti em azimute na direção da cerca. Mas por conta da vegetação, optei por contornar no sentido leste. Ocorre que desviei demasiadamente da meta inicial.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, pois a dificuldade de deslocamento no desvio não compensou a rota adotada.
Distância percorrida além do necessário: 120m.
Distância real além da linha vermelha: 47% (130m).
Rota do ponto 6 para o ponto 7
O que planejei: descer pela estrada até o cruzamento dela com a linha aérea. Dali, azimutar para o ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado até o momento do azimute. Ocorre que não efetuei a contagem da distância e, com a vegetação se tornando mais fechada, perdi a confiança na minha posição e tive que utilizar a linha aérea ao sul como ponto de segurança. Me localizei e efetuei o ataque ao ponto pelo lado sul.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, atentando para a contagem de distância quando tracei o azimute em direção ao ponto.
Distância percorrida além do necessário: 300m.
Distância real além da linha vermelha: 45% (450m).
Rota do ponto 11 para o ponto 12
O que planejei: seguir para a cerca no rumo nordeste, alcançar a estrada e por ela descer até os cupinzeiros que serviriam de ataque para o ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado.
O que deveria ter feito: considero que foi uma boa escolha. Entretanto, aluns colegas informaram que fariam a rota pegando a estrada ao sul, atacando o ponto por baixo. Vale observar que essa alternativa demandaria um esforço maior ao tentar vencer a vegetação.
Distância percorrida além do necessário: considerando que segui o planejado, 0m.
Distância real além da linha vermelha: 50% (250m).
Quanto ao percurso médio, este não apresentou muitas surpresas. Podem observar no mapa abaixo as minhas rotas, as quais apresentaram alguns pontos de lentidão, mas dentro do razoavelmente aceitável.
Na rota do ponto 4 para o ponto 5 houve um erro no ataque, sendo corrigido com lentidão.
E na rota do ponto 9 para o ponto 10, por conta de uma suposta diferença entre o mapa e a vegetação real, acabei percorrendo 160m além do necessário para percorrer o trecho.
Distância percorrida além do necessário: 150m.
Distância real além da linha vermelha: 144% (230m).
Abaixo as animações com as rotas escolhidas:
O álbum de fotos está incrível. Clique aqui para apreciar e compartilhar.
Se tiver algo a comentar sobre este post, utilize o campo abaixo. Sua participação é muito importante para manter o blog vivo.
Completando os artigos sobre o WMOC 2018 (perdão pela demora), vamos falar agora sobre os percursos de floresta. São as provas Forest Qualify, Middle Final e Long Final. As duas primeiras valeram como classificatória para definir o seleto grupo dos competidores das Finais A. E uma novidade esse ano foi a introdução de um percurso Médio, com premiação própria. Até o ano passado, a definição da final A era feita mediante o somatório dos tempos obtidos em duas provas Long Qualify. A nova regra tornou o WMOC mais competitivo, proporcionou mais chances a todos e diminuiu a fadiga que antes acometia os orientistas devido à execução de duas provas longas seguidas.
Há uma formula matemática que diz, antecipadamente, quantos competidores por chave se classificam para as chaves A em cada categoria. Além disso, o competidor classificado para a chave A do percurso médio tem que manter um bom resultado, sob pena de ser "rebaixado". Da mesma forma, um competidor que não tenha ido bem na qualificatória longa pode "subir" para a final A desde que obtenha um bom resultado no percurso médio das chaves secundárias. Vou exemplificar com o meu caso para que vocês entendam melhor.
Participei da M40. Na Long Qualify eu fiquei na chave M40-2. Isso porque minha categoria contou com aproximadamente 120 competidores (60 para cada chave). Por serem somente duas chaves, para figurar no Middle principal, eu deveria completar a prova dentre os 30 primeiros colocados da minha chave. Assim, a relação dos 60 melhores classificados para a M40-A resultou dos 30 melhores de cada chave.
Ocorre que completei o percurso de 9,3km em 1h25´, na 40 posição. Portanto, não atingi o índice e fiquei na chave B do Middle Final.
Mas eu ainda tinha uma chance! Conforme o regulamento, os 25% últimos da Middle A seriam rebaixados. E os 25% primeiros (15 primeiros colocados) da Middle B seriam classificados para a Final A. Felizmente, consegui o décimo melhor tempo no Middle B, com o tempo de 49´14". Assim, a família orientista brasileira passou a contar com um representante na M40-A da Long Final.
Reitero que essas regras todas estão previamente definidas no regulamento do WMOC. Inclusive o horário de partida das primeiras provas é publicado no boletim final. Dessa forma, antes de você sair do Brasil, já terá conhecimento de sua chave e horário das primeiras provas qualificatórias (sprint e longo).
O desempenho das provas que fiz vamos ver abaixo. Seguem os mapas com minhas escolhas. Sugiro que olhem os mapas de outras categorias, com atenção para os traçados de percursos e a simbologia adotada. Destaque para a forma de representar as árvores caídas que porventura provocassem redução na velocidade do atleta. Para isso, não foi utilizado o símbolo X verde, mas um traço verde na posição em que a árvore se encontrava no terreno (cliquem nos mapas para ampliar).
Forest Qualify, M40-2
Distância total percorrida: 11,2km.
Tempo total: 1h25.
Pace médio real: 7´45"/km
Pace da linha vermelha: 9´20"/km
20,5% acima da distância da linha vermelha.
Middle Final, M40-B
Distância total percorrida: 6,2km.
Tempo total: 49:19.
Pace médio real: 7´58"/km
Pace da linha vermelha: 9´58"/km
25% acima da distância da linha vermelha.
Long Final, M40A.
Distância total percorrida: 15,7km.
Tempo total: 1h50.
Pace médio real: 7´/km
Pace da linha vermelha: 9´09"/km
31% acima da distância da linha vermelha.
Minha meta era percorrer até 20% acima da distância da linha vermelha, num pace de até 7'/km. Mas pelo desempenho dos demais participantes, percebo que preciso melhorar o pace médio para até 6'/km. Dessa forma, e ficando dentro da meta da distância percorrida, creio ter condições de figurar melhor no próximo WMOC.
Se você quiser saber um pouco mais sobre o WMOC2018, acessar os mapas e resultados, basta abrir o site da competição: http://www.wmoc2018.dk/
E se tiver acesso ao Netflix, assita ao seriado The Rain. Parte dele foi filmada numa das florestas da competição. Veja como o mapeador assinalou os bunkers!
E não deixe de apreciar o álbum de fotos. Essa é mais uma das pequenas maneiras que tenho de trazer a vocês o clima de um WMOC. Clique aqui.
Comentários, perguntas e sugestões: Já sabe o caminho. Use o campo no final deste post.
Após um breve período de férias, nosso primeiro texto de 2018 trata do último grande evento do ano passado. Vamos falar daquele que é considerado por muitos o melhor evento regional de Orientação no Brasil: a Copa Nordeste de Orientação - COPANE 2017.
Dessa vez, a COPANE foi organizada pela Federação Paraibana de Orientação. A sede formal do evento foi o município de Mataraca-PB, distante 110km da capital, João Pessoa.
Em Mataraca ocorreu a abertura do evento e a prova de Revezamento Por Trios. As duas provas tradicionais (percursos longo e médio) ocorreram em Barra de Camaratuba, um vilarejo na foz do rio Guaju.
O revezamento por trios não obteve grande número de participantes. Um dos motivos pode ser relativo à exigência de que os trios sejam formados por membros de mesmo clube. O modelo merece ser repensado, de forma a atrair mais participantes. Entretanto, é considerável o empenho dos organizadores das edições da COPANE em incentivar a participação e congraçamento das delegações. Ademais, a cerimônia de abertura foi muito bem organizada, apoiando projetos culturais e educativos com crianças da região.
Abaixo um vídeo da minha participação nessa primeira prova (o revezamento). Notem que tive compensar na corrida alguns segundos preciosos perdidos durante escolhas de rota ou formas de ataque dos pontos. Observe, ainda, a forma como o mapeador definiu muros, cercas e quiosques.
Nos percursos tradicionais, os competidores tiveram que dosar o desgaste físico provocado pelo terreno e clima, para manter uma boa capacidade de raciocínio. Destaque para a área escolhida, com incríveis paisagens.
Os mapas e os percursos traçados foram capazes de promover uma boa disputa. Mas os tempos estimados para os primeiros colocados de algumas categorias não foram cumpridos. Veja abaixo os mapas da H Master A e as minhas escolhas. As rotas estão numa variação de cor do azul para o vermelho, sendo azul para maior velocidade e vermelho para os momentos de maior lentidão (clique nas imagens para ampliar).
No sítio da Copane é possível baixar boa parte dos mapas, verificar os resultados finais e visualizar fotos do evento.
A premiação ocorreu conforme descrito nos boletins e foi marcada pela empolgação de todos os participantes. Sinal claro de que o evento superou as expectativas. Além das homenagens de praxe, foi realizada a passagem do "bastão" para os próximos organizadores da COPANE 2018. Ela já tem endereço certo: será sediada em Porto de Galinhas, no estado de Pernambuco.
Após três dias de intensa atividade, foi encerrado o ciclo 2017 do Campeonato Brasileiro de Orientação. A cidade de Tibau do Sul e as imediações da Praia de Pipa testemunharam mais uma belíssima edição da disputa. Não só isso. Quem participou da etapa teve à disposição uma das mais belas regiões do país para se curtir uma praia, aproveitar a culinária local e contemplar belezas naturais.
Atleta Janssen Daniel (acervo pessoal), por Davidson Rommel.
Na etapa, os cinco primeiros na categoria Elite masculina foram, pela ordem, Leandro Pasturiza, Joacy Dantas, Marciano Kaminski, Cleber Vidal e Gelson Andrey. Na Elite feminina, as cinco melhores classificadas foram, pela ordem, as atletas Franciely Chiles, Elaine Lenz, Edineia dos Santos, Miriam Pasturiza e Camila Cortinhas.
Dentro das expectativas do nosso post anterior, a classificação final do CamBOr 2017, somando os pontos das três etapas, consagrou como grande campeão na categoria Elite masculina o atleta Claudinei Nitsch. Em seguida, pela ordem, os atletas Gelson Andrey e Cleber Vidal. A quarta posição ficou com Marciano Kaminski e o quinto melhor foi Joacy Dantas. Já na Damas Elite, a maior pontuadora geral foi Franciely Chiles, seguida por Edineia dos Santos e Elaine Lenz. Completam as cinco melhores as atletas Camila Cortinhas e Raquel Arendt.
H21E e D21E. Foto de Rech.
O ranking completo do desempenho anual dos orientistas já está atualizado pela CBO e disponível no próprio portal (clique aqui).
O casal Rech disponibilizou alguns álbuns de fotografias dos três dias de competição dessa terceira etapa no seu perfil do flickr (clique aqui).
Aos poucos vão sendo finalizados os torneios estaduais e municipais. As duas últimas competições de maior vulto são o Campeonato Brasileiro de Orientação Sprint, de 24 a 26 de novembro; e a Copa Nordeste de Orientação - Copane - de 1 a 3 de dezembro.
Quem vai se deslocar para essas competições pode verificar o convênio da CBO com a AGM Turismo para compra de passagens aéreas com descontos. Maiores informações clicando aqui.
Daqui a pouco começa a terceira e última etapa do Campeonato Brasileiro de Orientação 2017 - CamBOr 2017. Serão disputados três percursos: sprint na sexta-feira, percurso longo no sábado e percurso médio no domingo. Ao final, serão revelados, ainda, os campeões nacionais da disputa. O ranking e as possibilidades de cada um podem ser visualizados no sítio da CBO. As listas de partida para as três disputas desta etapa já estão disponíveis no sistema Helga-O.
O evento está sediado no estado do Rio Grande do Norte, em Tibau do Sul, próximo a Natal. Mais uma vez ofertando uma boa diversidade de relevo e belos cenários para aquele descanso pós-provas. A vila da Praia de Pipa merece todos os elogios no quesito lugares paradisíacos.
Não se esqueça de verificar os itens básicos para disputar as provas: camisa com número CBO, tênis adequado, protetor para as pernas e braços, óculos de proteção, chip, bússola, porta-sinalética. Além desses itens, leve protetor solar e algum dispositivo para fotografar as belezas naturais da região nos momentos para "turistar".
Os orientistas devem estar atentos, ainda, às altas temperaturas e desgaste físico ao enfrentar terrenos arenosos.
Na Elite Feminina, estão no páreo Franciely Chiles, Edineia dos Santos, Elaine Lenz, Raquel Arendt e Pavla de Oliveira. No masculino, a disputa está mais acirrada. As três primeiras posições para o CamBOr podem ser alcançadas por Cleber Vidal, Carlos Araujo, Gelson Andrey, Claudinei Nitsch, Marciano Kaminski, Everton Markus e Joacy Araujo.
As análises de rota são uma oportunidade incrível de
aprendermos mais sobre a corrida de Orientação e uma forma eficaz de aprimorar a técnica. Hoje vamos tratar do mapa da IV Etapa do Campeonato de
Orientação do DF, na categoria H21E.
(Editado em 27/09: incluídos comentários do traçador Antonio Dmeterko, sobre a rota do ponto 09 para o ponto 10)
É um mapa bastante técnico, fidedigno e que apresentou um
terreno complicado. Notem que a distância em linha reta foi de
"apenas" 5,7 km. O tempo do vencedor foi de 1h. Portanto, um mapa de
progressão lenta.
Dois aspectos interessantes a ressaltar são a quantidade de
afloramentos rochosos e o clima quente e seco que domina o cerrado nessa época
do ano (mês de agosto).
Como citado em outras análises de rotas, minha meta é
completar o mapa percorrendo, no máximo, 20% a mais da distância da linha
vermelha e num pace médio de, até, 7 minutos por quilômetro.
Nessa etapa, portanto, considerando que a linha vermelha era
de 5,7 km, para alcançar a minha meta, deveria percorrer, no máximo, 6,8 km.
Essa distância, num pace de 7'/km, levaria aproximadamente 49 minutos.
Cometi alguns erros e completei a prova em 1h44',
percorrendo 8,1 km.
Nas próximas linhas, vou tentar explicar melhor o que
aconteceu para este resultado (clique nas imagens caso queira ampliar).
Este é o mapa da prova:
Este é o mapa com as minhas escolhas:
Rota do ponto 3 para o ponto 4
O que planejei: seguir até a estrada, virar à esquerda,
pegar a estrada que contorna a cerca, contar a distância e atacar o ponto a
partir da cerca em ângulo de 90 graus.
O que fiz: segui conforme o planejado.
O que deveria ter feito: a estratégia não foi ruim. Mas
percorri 140m além da distância da linha vermelha. Avalei que seria melhor
adotar a rota mais segura no início da prova, para ir ganhando confiança.
Entretanto, seguir pela linha vermelha era uma excelente opção.
Rota do ponto 09 para o ponto 10
Aqui vou copiar, na íntegra, os comentários do traçador Antonio Dmeterko. As setas na cor rosa são opções. Meu planejamento era seguir pela ruína da cerca, mas acabei mudando o planejado dada a dificuldade de progressão. Segui pela curva de nível, ainda com dificuldades. Fui descendo em diagonal e cheguei (por sorte) no "vão" comentado pelo traçador. De fato, não tive a capacidade de avaliar a passagem demarcada no mapa. Com a palavra, o traçador Dmeterko: Como traçador dos Percursos do evento em questão, quero dizer que já esperava as dificuldades encontradas na rota do PC 09 para o 10. Terreno muito difícil. O que me surpreendeu foi o fato de nenhum dos três atletas analisados ter usado a brecha de 404 que havia bem no meio dessa vegetação 409. Para quem não foi próximo da linha vermelha essa era a melhor opção. Provavelmente o susto da dificuldade da primeira "encarada" naquela área tão difícil e a ruína de cerca levaram os três a não vislumbrarem essa opção acima mencionada.
Já o teu erro do 13 para o 14 deve ter sido por natural descuido e desconcentração, pois tinha acabado de sair de uma área muito difícil para uma área relativamente bem fácil e, possivelmente deu aquela "relaxada" natural.
E o erro do 14 para o 15 é o velho problema de quem comete um erro crasso num ponto e tenta recuperar. É muito comum repetir-se o erro nessa situação.
Mais uma vez, obrigado, Dmeterko \o/ Rota do ponto 13 para o ponto 14
O que planejei: pegar a trilha à frente do ponto 13 em
direção à região do ponto 14. Ao final da região rochosa e quedas d'água,
contornar a vegetação mais fechada à direita e atacar o ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado até passar pelas
formações rochosas. Adotei como ponto de controle uma queda d'água. Ocorre que
passei da região e, na borda do mapa, utilizei uma outra queda d'água mais à
frente como sendo meu check point inicial. Como resultado, acabei saindo do
mapa e demorei para perceber o erro. Voltei algumas vezes ao rio, tentando
identificar a posição exata. Percorri pouco mais de 300m além do estimado, em
baixa velocidade. Somente após fazer uma leitura da vegetação é que percebi a
real posição do ponto 14, sendo atacado e encontrado finalmente.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado,
adotando como check point as formações rochosas, além de realizar a contagem da
distância percorrida. O ponto de segurança deveria ser o encontro de trilhas na
borda do mapa.
Rota
do ponto 14 para o ponto 15
O que planejei: voltar para a trilha e, mais uma vez
adotando uma queda d'água como referência, atacar o ponto 15.
O que fiz: segui como planejado e o equívoco me custou mais
tempo e distância percorridos sem efetividade. Voltei ao ponto 14 e, de lá,
azimutei para o ponto 15. Foram mais de 6 minutos perdidos, além do esforço
físico para percorrer 450m em excesso. Vale somar, ainda, o abalo mental
provocado pelo segundo erro em sequência.
O que deveria ter feito: azimutar do ponto 14 rumo ao ponto
15, seguindo o mais próximo da linha vermelha.
Para tornar mais interessante essa análise de rotas, fiz um
pequeno vídeo utilizando o QuickRoute e a plataforma de análises 3DReRun.
Convido todos vocês a assistirem de forma a complementar o que foi escrito
neste post.
Não deixem de comentar essa análise e contribuir para melhorar
a qualidade do nosso blog.