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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Use o MapRun6 - ele veio para revolucionar a corrida de Orientação

 Olá, estimados orientistas.


É com enorme alegria que trago uma ótima notícia: agora temos o status de administrador da pasta "Brazil" no aplicativo de celular MapRun6.

Isso significa que podemos explorar todas as funcionalidades do aplicativo. Se você ainda não o conhece, vou explicar direitinho como utilizá-lo. Se já o conhece, saiba que esta versão 6 possui novidades.

O que é o MapRun6: é um aplicativo especificamente desenvolvido pelos australianos para os orientistas. Basicamente ele recebe um mapa georeferenciado e um percurso com as coordenadas geográficas. O aplicativo compara a exata posição do aparelho celular com as coordenadas de cada ponto do percurso. Se for um percurso em linha (ordem exata de cada ponto a ser percorrido), ele vai verificar se o aparelho celular passou por cada um dos pontos na ordem correta. Se for um percurso fazenda ou rogaine, aplicam-se as regras específicas de cada um desses modelos de pontuação.

Você pode utilizar o MapRun6 individualmente. Ou seja, pode fotografar e georeferenciar um mapa seu, ou simplesmente colocar uns pontos na imagem de satélite da área na qual você quer praticar a orientação. Entretanto, os resultados ficarão disponíveis somente para você, no seu aparelho.

Mas se você acessar um dos percursos que estão disponíveis diretamente no aplicativo, você poderá verificar seus resultados e comparar com os de outras pessoas que fizerem aquele mesmo percurso. Daí pode ser uma pista permanente de corrida de orientação (PPO) ou uma competição simples. Fizemos uma live específica para apresentar como foi o primeiro uso do MapRun6 em competições aqui no Brasil. O link está aqui embaixo e vale muito a pena assistir ao vídeo.


Bom, então, se você se interessou, o primeiro passo é entrar na loja de aplicativos do seu aparelho celular e baixar o aplicativo MapRun6. Ele é gratuito e os links estão aqui na página oficial do aplicativo.

Agora que você instalou o aplicativo, autorize ele a acessar sua localização e a emitir as notificações. Preencha seus dados corretamente. Seu nome, por exemplo, será exibido nos resultados das pistas que você participar. Portanto, se for em competição, é importante que seja o mesmo da sua inscrição.

   


Agora você tem uma opção bem interessante que é o botão QuickStart. Ele surge na tela após você clicar no círculo verde com 3 linhas. Esta opção te permite criar um próprio percurso. Também há a opção de criar um mapa kmz com base no georeferenciamento por 3 pontos.

    

Mas a melhor parte é você clicar no botão de selecionar eventos e buscar algum disponível. De início já temos mapas em João Pessoa - PB e em Brasília - DF. Outros estados já demonstraram interesse e vão disponibilizar percursos muito em breve.

Após selecionar o percurso que for mais conveniente, basta clicar no botão Go to Start. Observe que o aplicativo vai abrir o mapa (caso não tenha restrições) e informar a condição do sinal de GPS.

E para iniciar seu percurso basta você seguir até o triângulo de partida. A partir daí começa a contagem de tempo e o MapRun6 vai registrar sua passagem em cada um dos pontos do mapa. Ao passar pelo duplo círculo será finalizado seu percurso e o aplicativo vai fazer a transmissão do seu tempo para o sistema.

Bom, basicamente é isso. Há muito mais recursos que podemos explorar com o MapRun6. Por exemplo, lá nos resultados do City Race João Pessoa é possível acessar o Rout Gadget e ver as rotas de todos os competidores. Também há um link específico para o SplitsBrowser. Dê uma olhada e veja como são interessantíssimas essas possibilidades!

Falando em possibilidades, o aplicativo pode muito bem ser utilizado como sistema de cronometragem e rastreamento em corridas de aventura, corridas de rua, MTBO etc. 

Na live cujo link está no início deste post, temos um debate interessante sobre os principais benefícios e algumas dificuldades no uso do MapRun6. De muito positivo: não há a necessidade de se colocar os prismas no local de prática; há uma exigência mais apurada para o orientista, já que ele tem que chegar no objeto sem aquela facilidade que é ter um prisma no seu campo visual; não há necessidade de gastos com sistemas de apuração, já que o sistema de cronometragem já está embutido no aplicativo; você tem o seu resultado em tempo real e ainda pode comparar com outros que fizeram o mesmo percurso; dá para criar uma disputa parecida com aquelas do Strava, já que se o percurso for liberado, tipo Pista Permanente, você pode tentar superar algum orientista, ou ser superado; por falar em Strava, o MapRun6 tem integração com este outro aplicativo. E quanto aos aspectos que entendo carecerem de mitigações temos: para aproveitar o MapRun6 é obrigatório o uso de um aparelho celular ou relógio Garmin compatível; carregar um aparelho contigo pode exigir uma cinta, ou braçadeira ou algum outro acessório; em caso de chuva ou muito suor, pode haver algum dano ao aparelho; a localização via satélite dos celulares, embora já bastante confiável, pode ser menos precisa em alguns aparelhos.

Portanto, é importante avaliarem o uso do MapRun6 em competições oficiais de maior escala. Tenho comentado com outras pessoas que ele não veio para substituir os sistemas tradicionais de apuração. Mas sua chegada torna o ambiente de orientação mais transparente, democrático e divertido.

Informes mais técnicos podem ser esclarecidos nos foruns disponíveis no site do aplicativo ou diretamente comigo. O objetivo é que tenhamos muitas pistas treino espalhadas por todo país, com acesso livre a todos os orientistas. Além disso, tenho certeza que teremos muitos eventos utilizando este novo modo de curtir a corrida de Orientação.

Um detalhe importante: os desenvolvedores do aplicativo deixaram claro que existem custos para a manutenção do sistema. Então, caso você tenha interesse em ajudar financeiramente, entre na página do MapRun6 e faça uma doação. Eles aceitam cartões de crédito e paypal.

Já se você quiser explorar os recursos e criar seus próprios treinos, por exemplo, clique aqui para mais informações. Esta página é especificamente destinada aos novos usuários do app. Você pode criar atividades de orientação no seu bairro, num parque da sua cidade, numa escola etc.

Se você já utilizou o MapRun6, conta aqui nos comentários o que achou da experiência.

Ah, gostaria de deixar aqui registrados meus agradecimentos aos desenvolvedores do MapRun6, que sempre estão prontos para nos auxiliar, aos amigos que se dispuseram a testar o aplicativo, e a todos os orientistas que estiveram envolvidos no I City Race João Pessoa, realizado no dia 24/10/21. Não só o City Race, mas todas as pessoas que organizaram e participaram entraram definitivamente para a história da Orientação.


Seja inteligente!

Pratique a corrida de Orientação.

\o/




quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Campeonatos virtuais de Orientação

 Olá, estimados orientistas.

Durante a pandemia da Covid19 várias modalidades desportivas tiveram que promover adaptações em seus cenários para proporcionar aos seus praticantes alguma forma de manutenção das partes física e mental em estado adequado.

Diretamente falando da corrida de Orientação, ao redor do mundo foram criadas várias competições com o objetivo de avaliar a capacidade técnica dos orientistas por meio de testes de raciocínio. A maior parte envolvendo a leitura de mapas, identificação de características no terreno e simbologia. Provas virtuais de TrailO (no Brasil adotamos a nomenclatura Pre-O - Orientação de Precisão) foram uma das melhores oportunidades de manter e aprimorar a técnica necessária ao esporte.

A maior competição foi o Lockdown Orienteering, que movimentou grandes nomes do esporte, inclusive lendas e campeões da atualidade na Europa. Outro torneio muito disputado e acompanhado por vários orientistas foi a TORUS. Ambas competições também provocaram a IOF a pensar em formas de lidar com a Orientação Virtual após a pandemia. O termo e-Orienteering já está presente nas discussões da IOF sobre o futuro do esporte.

Aqui no Brasil tivemos a realização de dois grandes eventos chancelados pela CBO (e que foram acompanhados de perto pela IOF): o CamBOr Virtual e o SAOC Virtual. Também foram organizados o CamBOS Virtual e provas específicas organizadas por entidades ligadas às Federações e Clubes. Duas delas foram a UFRJ e o Azimute Norte (CEFET-MG).

O CamBOr foi realizado em 5 etapas e teve público médio de 450 participantes por etapa. Já o SAOC contou com pouco mais de 280 participantes. Todas essas provas tinham orientistas estrangeiros competindo conosco. Os resultados e os desafios propostos estão todos disponíveis no sítio eletrônico da CBO.

Acredito que este 2020 está realmente sendo uma pausa interessante em termos de aquisição de conhecimentos e melhoria técnica para nossa modalidade. Também conseguimos ganhar novos adeptos, pois a atividade intelectual da Orientação é tão chamativa quanto o tabuleiro de xadrez.

Outro aspecto interessante foi o desenvolvimento ou a melhora significativa nos aplicativos de corrida de Orientação e no uso dos jogos Catching Features e Virtual-O.

A expectativa agora é para colocarmos em prática tudo o que foi absorvido nessas competições, assim que tivermos condições sanitárias adequadas. Em alguns estados e municípios isso já é possível. Cabe apenas a ressalva de que, infelizmente, alguns países estão enfrentando segundas ondas de contaminação pelo SARS-Cov-2.


Ah, até o momento já realizamos 53 Lives dos Orientistas. Um projeto que começou sem pretensões no início da pandemia, mas que se tornou um exemplo bem bacana de como ajudar a manter a orientação viva em cada um de nós. Aproveite e passe lá no canal www.youtube.com/orientistaemrota . Tem muita coisa bacana em cada uma das lives. Desde resenhas das provas, entrevistas com atletas de alto nível até cerimônias de abertura e premiação dos torneios.

Boas rotas \o/

Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Atualização do Calendário de Orientação 2020

Olá, estimados orientistas.

Aqui a mais recente atualização do nosso calendário. As informações foram extraídas do site da CBO, de mensagens dos organizadores e de sites das Federações e clubes.
Aproveite para se programar. Afinal, nada melhor que conjugar aquela viagem, seja a trabalho ou a lazer, com uma pistinha de Orientação. Não só isso! Planeje seus treinos para obter os melhores resultados nas competições que você pretende participar.


Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Boas rotas \o/

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Calendário de orientação 2020

Olá, estimados orientistas.

2020 já começou e acredito que todos vocês já estejam traçando as rotas para que seja um ano com muitas corridas de orientação.
Eu mesmo já estou organizando a agenda para alguns eventos importantes. Claro que com a devida autorização da família. No ano passado, deixei de competir para curtir o melhor dos presentes que a vida poderia me dar. Agora é hora de reiniciar os treinos e me preparar para alguns novos desafios pessoais.
E para ajudar toda a família orientista a planejar seus eventos, busquei reunir em um único calendário as atividades mais significativas já programadas para este ano. A maior parte das informações foi extraída dos sites das federações estaduais e do site da IOF. Também recebi informes de alguns clubes e promotores de eventos. Vou deixar o calendário disponível no formato .pdf (clique aqui) e compartilhar em alguns grupos de aplicativos de mensagens e nas redes sociais.
Você também pode colaborar, seja divulgando, seja informando alguma alteração ou inclusão de evento. Sempre que possível, efetuarei os ajustes necessários, informando a data da atualização. 
Ah, não se esqueçam de conferir as informações oficiais nos sites das federações, da CBO e da IOF.
Que tenhamos todos um 2020 com ótimas rotas.

Boas rotas \o/
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Estamos de volta!

Olá, estimados orientistas.

Uma imagem para encher de alegrias nossos dias. Para renovar nossas energias. Para marcar uma nova fase na vida deste cara que vez ou outra compartilha no blog suas aventuras e desventuras ;-)


Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.

orientistaemrota

terça-feira, 30 de julho de 2019

Análise de Rotas - percurso longo CamBOr 2019

Olá, estimados orientistas.

Hora de estudar os erros e acertos do meu percurso longo no CamBOr 2019. O verbo é esse mesmo: estudar. Ao mesmo tempo que discorro sobre meu percurso, espero poder ajudar a você, que está lendo este post. Aproveitando o momento, meus sinceros parabéns por estar aqui, buscando aprimorar os conhecimentos. Sabemos que poucos são os que continuam desenvolvendo esse saudável hábito.

Sobre os resultados da etapa e álbum de fotos, há um post específico aqui no blog. Então, vamos à nossa análise. Nosso foco é o mapa da H35A, percurso longo. Categoria na qual (ainda) participo.

Dessa vez a análise será toda utilizando o 2DRerun - site que reúne uma vasta gama de mapas e rotas de orientistas, inclusive daqui do Brasil. Como de praxe, em cada rota destacada vou citar o que planejei, o que fiz e o que deveria ter feito caso tenha cometido equívoco no planejamento inicial. Também vou considerar minhas metas: percorrer no máximo 20% além da distância declarada do mapa, num pace de até 7'/km (sete minutos para cada quilômetro percorrido).

Neste mapa, a distância da linha vermelha era de 6,4km. Isso me dava uma margem para percorrer mais 1,3km e dispender até aproximados 54 minutos (7'/km X 7,7km). Essa foi a expectativa. Minha realidade foram 8,06km de distância total num pace de 7'54"/km, totalizando 1h03' de prova. Isso me deu a segunda colocação. O Rafael Oliveira, que chegou em primeiro, completou o percurso em 58'40", percorrendo 8,35km.

Abaixo o mapa da prova (H35A e H40A pertenciam ao mesmo grupo) com as rotas de alguns competidores e, após, um somente com minhas escolhas:



Rota do ponto 1 para o ponto 2

O que planejei: seguir em azimute.

O que fiz: na metade da rota tive que dar apoio a uma criança do projeto de iniciação da cidade. Me senti na obrigação de levá-la até a estrada para que ficasse em um corredor seguro. Depois de deixá-la na estrada, com o seu mapa orientado, retornei para o ponto 2. Quase 2' além do necessário para essa rota.

O que deveria ter feito: pela disputa, o correto seria seguir conforme o planejado. Entretanto, agi dentro do que se espera do fair play. E acredito que outros orientistas também auxiliaram alguém durante a prova.O fato deve ser avaliado pelos organizadores, que colocaram crianças novatas em uma área branca, com poucas referências. E em pleno CamBOr. Em complemento, era nítido que não só a criança que auxiliei, mas outras várias estavam ali sem noção adequada de como se orientar.

Rota do ponto 2 para o ponto 3

O que planejei: seguir pela trilha margeando a área branca até o seu final, depois pegar a trilha em direção ao ponto 5. De lá, seguir em azimute para o ponto 3, passando pela área entre a elevação pedregosa e a vegetação fechada, ficando mais próximo da linha vermelha.

O que fiz: segui conforme planejado até a saída do ponto 5 (que era meu checkpoint). Dali me desloquei com queda para a direita, vindo a sair à direita da vegetação fechada. Me equivoquei ao tentar consertar a direção contornando e voltando para a área pedregosa. A travessia foi extremamente difícil, pois a vegetação era mais complicada do que imaginei ao planejar a rota. Ao alcançar a área branca novamente, imprimi velocidade para atacar o ponto a partir de um cupinzeiro.

O que deveria ter feito: uma opção seria seguir pela estrada passando pelos três pontos de água. Teria condições de imprimir uma boa velocidade e compensar a maior distância. Mas a considerar o que fizeram meus oponentes, meu planejamento inicial era bom até a chegada ao ponto 5. De lá, deveria ter descido pela área branca entre os pontos 3 e 4, atacando o ponto 3 por cima. Ou seja, ao errar na saída do ponto 5, deveria ter observado que à minha frente era uma área branca, de fácil corrida. Provavelmente faltou concentração e oxigênio na hora de mitigar o erro percebido.

Observem no detalhe acima que gastei aproximadamente 3' desnecessariamente.

Rota do ponto 4 para o ponto 5

O que planejei: ao sair da área branca, pela linha vermelha, atravessar a cerca, contornar o penhasco e atacar o ponto pela pequena valeta.

O que fiz: segui conforme o planejado.

O que deveria ter feito: observando os colegas, uma opção seria seguir pela estrada à esquerda. Ocorre que seriam aproximadamente 200m a mais, com as mesmas curvas de nível para vencer. O que poderia ser compensado pela vegetação que eu já havia vivenciado quando da primeira passagem pelo ponto 5.

Os demais pontos foram atingidos sem maiores desvios. Também as rotas eram mais óbvias, sem muito o que escolher. O único suspense surgiu quando ataquei o ponto 11, que era também um ponto para jovens de categoria B. Pela dificuldade de chegar ali, imaginei que não seria um ponto para aprendizes. Na rota do ponto 11 para o ponto 12 muita gente aproveitou um corredor que havia sido formado pela passagem de outros atletas.

De um modo geral, considerando minha condição física à época, as rotas balizadas seriam uma ótima opção. Poderia tirar bastante vantagem utilizando as estradas e trilhas, já que essas foram as opções dos meus oponentes. Mesmo percorrendo distâncias maiores, eu poderia imprimir um pace abaixo de 5'/km naqueles trechos. Quando se tem condições de "compensar na perna", vale a pena considerar essa opção. É claro que a forma como os demais orientistas vão proceder é difícil de prever. O ideal, mesmo, é manter a calma, observar os aspectos técnicos (azimute, distância, curvas de nível etc.) e ajustar o esforço físico para não perder a concentração e o poder de raciocínio.

Bom, essa foi a minha análise. Gostaria muito de ler comentários de vocês sobre esse mapa e, também, sobre o novo formato do CamBOr em etapa única. É muito importante debatermos com seriedade esse evento, para que os próximos sejam ainda melhores.

Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
orientistaemrota

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Campeonato Goiano de Orientação - I Etapa

Olá, estimados orientistas.

A abertura do Campeonato Goiano de Orientação - CamGOr 2019 - foi uma bela festa. O local escolhido foi uma fazenda na região do Balneário das Lages, em Cristalina-GO. Para refrescar a memória, nessa região ocorreu a II Etapa do CamBOr 2018. Cerrado nativo, recortado por rios e córregos, boas elevações e uma mata que ganhou mais densidade devido às chuvas constituíram o conjunto de ingredientes desafiadores.
Mantendo a tradição, participaram do evento organizado pelo COSEC competidores de clubes goianos, mineiros e do Distrito Federal. Pouco mais de 60 atletas puderam testar toda sua técnica e resistência nos percursos traçados pelo atleta de elite Diego Sousa. O mapeamento ficou sob responsabilidade de José Carlos Barbosa.
E é sobre mapas e rotas que vamos conversar agora.
Participei do evento competindo na HMA. O mapa apresentava a distância de 5,2km e os organizadores estimaram em 80 minutos o tempo do vencedor. Como nem tudo são flores, precisei de quase 120 minutos para terminar a prova - felizmente na primeira colocação, sendo três concorrentes no total. Abaixo o mapa da categoria, com minhas escolhas:

No lado direito do mapa notem uma tabela com os tempos por pernada. Na coluna "Straig" ela informa a distância em linha reta, e na coluna "Route" a distância efetivamente percorrida. A última linha (Total) apresenta o balanço geral da prova. Percorri quase 3,5 km a mais que as rotas em linha reta. Bem acima da minha meta (até 20% além da distância do mapa, num pace de 7'/km).
Transformando em tempo, se considerarmos que meu pace médio na prova foi de 13'23", e que percorri mais de 2 km além da meta, teria economizado pelo menos 26' do tempo total de prova.
Portanto, conseguiria atingir tempo mais próximo do estimado inicialmente pela organização do evento.
Vamos discutir as rotas que considero com maior potencial para nos ensinar.

Rota do ponto 6 para o ponto 7

O que planejei: seguir em azimute até a trilha e atacar o ponto.
O que fiz: segui em azimute, mas ao encontrar a primeira trilha indistinta, não atentei para a distância percorrida até então. Ataquei o ponto como se estivesse na trilha planejada para servir de ataque. Busquei me localizar novamente e parti para o local correto, atacando o ponto de forma efetiva.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado. Respeitar a contagem de passos, diminuindo a possibilidade de ataque equivocado.

Rota do ponto 7 para o ponto 8

O que planejei: chegar no ponto de passagem do rio pela trilha ao norte do ponto 7. Após a travessia, pegar a trilha ao sul do córrego até os barrancos. Dali atacar o ponto fazendo nova travessia da linha d'água.
O que fiz: segui conforme o planejado até os barrancos. Ocorre que a região era muito difícil de transpor. Fiz uma leitura incorreta e entendi que haveria uma pequena trilha auxiliando a passagem. O ataque foi alguns metros antes do ponto correto, fazendo com que mais tempo e energia fossem desperdiçados. Retornei à trilha, segui até o ponto de ataque mais favorável e executei nova tentativa de travessia. Outros competidores se juntaram a mim e percebemos um atleta do outro lado do córrego, na região do ponto. Isso serviu de confirmação da localização do ponto, sendo necessária somente a travessia do córrego e subida do barranco para, enfim, encontrar o ponto.

O que deveria ter feito: sem dúvidas, a melhor opção era passar pelo prisma zero e atacar o ponto pelo lado norte. Vale ressaltar que durante a abertura do evento houve uma série de informes da organização. Um deles tratava da questão das áreas de barrancos, que seriam de muito difícil transposição. Ao definir como melhor rota aquela que me obrigava a efetuar uma travessia por barrancos e linha d'água, comprometi praticamente toda a prova. Faltou atenção e inteligência. Foram desperdiçados cerca de 10 minutos nessa rota. Como bem sabemos, a frustração aliada ao cansaço podem refletir em erros nos pontos seguintes. Tive que respirar um pouco para retomar a prova compilando os ensinamentos dos colegas mais experientes (Gilson de Faria, Fernandes e Marco Aurélio, dentre outros): "cada rota é uma nova prova; o tempo perdido não é passível de recuperação; o resultado final será a soma de cada rota; faça o seu melhor". Assim procedi, tendo bom desempenho até me deparar com mais um equívoco...

Rota do ponto 14 para o ponto 15

O que planejei: seguir em azimute, com erro proposital para o norte, alcançando a área de árvores esparsas. Dali atacar o ponto, utilizando as árvores de destaque.
O que fiz: observem que a saída do ponto 14 não foi segura. Isso prejudicou o azimute inicialmente planejado. O erro proposital não me levou até as árvores esparsas, prejudicando, também, o ponto de ataque. Na tentativa de correção, voltei para a área de árvores esparsas e azimutei em busca das árvores de destaque próximas ao ponto. Não obtendo êxito, segui em direção ao encontro da cerca com o córrego, definindo novo ataque por ali. Somente usando essa barreira de segurança, consegui atingir o objetivo.
O que deveria ter feito: a estratégia inicialmente planejada não era das piores. Entretanto, a diferença de vegetação não era tão confiável. Outras opções poderiam ser adotadas. Por exemplo, seguir em azimute diretamente ao ponto, fazendo a devida contagem de passos. Como pontos de checagem eu poderia ter utilizado a árvore de destaque com montículo e depois o conjunto de árvores de destaque no círculo. Outra opção seria seguir pela trilha até sua bifurcação e, a partir dali, atacar o ponto, buscando como novo ponto de checagem as árvores de destaque. Mais um erro com desvio de 360%. 800 metros de energia desperdiçados. Mas não o suficiente para provocar minha desistência ou me desestabilizar.



Esses erros ainda surgem nas provas que participo. Preciso melhorar alguns aspectos relacionados à manutenção dos princípios básicos da Orientação, como a contagem de distância e o uso dos pontos de checagem. Espero conseguir na próxima prova. Também preciso melhorar a manutenção do pace médio. Já observo que não necessito correr tanto em determinados pontos. O importante é a média.

O que você achou dessa análise de rotas? Deixe seus comentários aqui no blog. Eles podem, inclusive, ajudar os demais leitores. 

Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
orientistaemrota

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Primeiro Treino de MTBO - Fazenda Hot Park

Olá, estimados orientistas.

Tivemos  a grata oportunidade de participar de um treino de orientação em mountain bike, MTBO na nomenclatura mais conhecida.

A atividade faz parte de um projeto bem maior, que começou efetivamente no início deste ano, quando a CBO realizou um curso específico para mapeadores e traçadores de percursos para MTBO com um instrutor da Federação Portuguesa de Orientação.
Os conhecimentos foram compartilhados e já podemos apreciar algumas iniciativas. No estado do Goiás, a primeira atividade oficial foi essa sobre a qual vamos tecer as próximas palavras.
A área escolhida foi a fazenda do Hot Park, na cidade de Rio Quente-GO. Uma área de cerrado típico e que já sediou uma etapa do CamBOr. O COABOM foi responsável pela organização, tendo como traçador  Alvim Pereira, que mapeou a área com Geraldo Paulino.
Ao todo foram 11 ciclistas dispostos a curtir esse treino. Alguns deles praticantes de mountain bike tendo o primeiro contato com a Orientação. Justamente esses ciclistas nos deram uma informação importante: antes do evento eles consideraram que os aproximadamente 18km de percurso não era uma distância motivadora, pois parecia algo muito curto para se realizar. Somente após entenderem que o MTB-O exige muito mais que a simples cadência no pedal é que tiveram a motivação para participar do treino.
Então, fica a dica para os organizadores dos próximos MTB-O, pois é muito importante conquistar ciclistas que ainda não conhecem as peculiaridades da Orientação. Já os orientistas e praticantes de corrida de aventura precisam de menos esforço para aderirem a essa modalidade. Eu, por exemplo, estou no grupo dos que praticam orientação pedestre e corrida de aventura!
Duas diferenças básicas podem ser notadas entre os mapas de Orientação pedestre e de MTB-O: a escala 1:15.000 e a simbologia para as trilhas e estradas, que indica a velocidade de progressão. Como o praticante deve ficar sempre junto da bicicleta, identificar quais as trilhas mais rápidas é essencial para se definir as melhores rotas.
O mapa com minhas escolhas mostra bem essa questão da velocidade do pedal.

Um outro detalhe que faz a diferença é o suporte para mapas. O que usei foi feito por mim mesmo, utilizando uma base para suporte de GPS a qual adaptei junto a uma prancha plástica bem leve. Existem opções já prontas para quem estiver disposto a pagar por elas. Ah, o ideal é que você tenha condições de girar seu mapa para mantê-lo orientado durante o pedal.
Quanto às rotas, dois pontos específicos merecem comentários. O primeiro deles é a rota que escolhi para alcançar o ponto 4. Observem as opções que existiam. Levei 14 minutos para realizar o objetivo.

Nessa pernada 3-4 planejei passar pelo ponto 14 e ao lado da largada (seta na cor rosa), mas errei a entrada de uma das trilhas e percorri alguns metros além do necessário. Uma outra excelente opção seria pegar a estrada a partir do ponto 3, conforme marcação em roxo:
Outra rota que merece comentários é a do ponto 8 para o ponto 9. O pensamento inicial do traçador provavelmente era que os competidores passassem pela trilha que corta os currais, pouco antes de chegar ao triângulo. Ocorre que ali seria bem mais lenta a passagem. Portanto, na prática, a melhor rota foi a que eu adotei, passando pela área de chegada.

Abaixo um vídeo mostrando em animação as minhas escolhas.


Boas rotas \o/
orientistaemrota

quinta-feira, 28 de março de 2019

CODF2019 - I Etapa

Olá, estimados orientistas.

O papo de hoje é sobre a abertura do Campeonato de Orientação do Distrito Federal 2019 – CODF2019.
O evento ocorreu na região do Poço Azul, na cidade satélite de Brazlândia. Um terreno de cerrado nativo, em terreno bastante acidentado, com presença de áreas com pedras, nascentes de rios e muitas trilhas com árvores (404), campos (401 e 403), mata de corrida lenta (406, 407 e 408) e mata intransponível (410).

A organização ficou a cargo do COASSEB - Clube do Rocha, que tratou de proporcionar muitos mimos aos participantes. Dentre eles, um café-da-manhã, sorteios de brindes oferecidos pelos apoiadores e a realização de um vídeo promocional tendo como atores principais os próprios orientistas.
Ao todo, foram mais de 170 competidores. Inclusive com a presença do orientista e atual vice-chefe do Executivo, o senhor Hamilton M. Também participaram da prova os novos orientistas que obtiveram certificado de participação no primeiro curso de formação de 2019.
Uma outra novidade é que para 2019 as medalhas comporão uma mandala. Ao final do torneio, os vencedores de cada categoria receberão como troféu uma base específica para afixar o conjunto de 4 medalhas recebidas ao longo do campeonato.

Quanto à parte técnica, os mapas e os percursos agradaram à maioria dos participantes. Os traçados primaram pela navegação e segurança. Entretanto, duas situações atípicas exigiram mitigação rápida: uma base eletrônica teve que ser substituída durante a prova e houve um equívoco na impressão de sinaléticas avulsas para duas categorias. Como é de conhecimento, neste caso (de erro na sinalética avulsa) o competidor deve utilizar as informações do mapa e nele consultar o descritivo dos pontos.
Abaixo o mapa geral do evento.

Os resultados estão disponíveis no site Helga-O.
O álbum de fotos está disponível clicando aqui.
Ah, assistam ao vídeo promocional elaborado pela Drone360. Segundo o presidente do COASSEB, Wallace Lucas, foi feito com muito carinho e no intuito de promover nosso esporte mostrando a todos como é divertido e gratificante praticar a corrida de Orientação:

E não deixe de comentar suas impressões sobre essa prova. As manifestações são importantes para que a FODF promova as melhorias necessárias em seus eventos e traga sempre boas novidades para todos.

Boas rotas \o/
orientistaemrota

quarta-feira, 20 de março de 2019

Seletiva para o Mundial Estudantil de Orientação

Olá, estimados orientistas.

No último final de semana (16 e 17 de março) ocorreu a seletiva para a formação da equipe que representará o Bradil no Campeonato Mundial Estudantil de Orientação. O evento foi promovido sob responsabilidade da FODF e sediado no município de Luziânia-GO, no entorno do Distrito Federal. Também serviu para a CBO definir os selecionados para o JWOC2019, o Mundial Júnior de Orientação.


Essa seletiva é um momento histórico, pois a CBDE - Comissão Brasileira do Desporto Escolar -, num acordo inédito, vai custear os dez selecionados que irão nos representar no ISF World Student Orienteering Championships, que acontecerá em maio na Estônia. Já a CBO, solucionando uma alteração de última hora devido à desistência do apoio oferecido pela DEPA (Departamento de Educação Preparatória e Assistencial do Exército) se comprometeu a custear a ida de 5 atletas para o JWOC2019, na Dinamarca.
A disputa foi acirrada e emocionante. Nossos jovens atletas, nascidos entre 2001 e 2005, embalados pela torcida empolgante dos colegas e ao som dos gritos de apoio dos pais, responsáveis e técnicos, suaram a camisa para demonstrar o merecimento a uma das tão sonhadas vagas. Foram mais de 70 orientistas representando 11 unidades federativas da União.


Estiveram presentes no evento a CBO e a CBDE. Vale frisar que o representante da CBDE que acompanhou essa seletiva, após ver de perto nosso esporte, declarou que apoiará a modalidade inclusive na implantação das Federações nos estados que ainda não a possuem. A expectativa é ampliar a participação estudantil no âmbito nacional. Isso demonstra o enorme potencial da corrida de Orientação, seja em termos de organização e estrutura, seja enaltecendo os aspectos pedagógicos, ambientais e físicos que ela proporciona aos seus praticantes.


Sobre as disputas

Os estudantes foram divididos em quatro categorias (D1/H1 e D2/H2). Todas com nível A de dificuldade. No dia 16 foi realizado o Percurso Longo e no dia 17 o percurso Médio.
O local da disputa apresentou boa variação de relevo e vegetação, possibilitando mapas de excelente qualidade. A prova Longa se caracterizou pelos percursos técnicos e a prova Média, com boa parte dos percursos em área branca, buscou evidenciar características de velocidade e resistência dos competidores.


Os resultados das provas e a lista de selecionados estão disponíveis no site da CBO.
E nosso álbum de fotos está disponível clicando aqui.




Os atletas selecionados para participação no Mundial Escolar (Estônia) foram:
Categoria D2
Laura Viera Maia, de Minas Gerais, campeã da seletiva
Larissa Silva de Freitas, do Distrito Federal
Alana Santos de Souza, da Bahia
Aline Correia de Almeida, do Pará
Júlia Gaspar Rosal, do Pará
Categoria H2
Ryan Barbosa Castro, da Bahia – campeão da seletiva
Luiz Guilherme M. Mello, do Ceará
Arthur Ferreira Nascimento, do Pará
Bernardo Dutra Barbosa, do Rio de Janeiro
Victor Hugo C. Lopes Rego Pereira, do Rio de Janeiro
 
Os atletas selecionados para participação no Mundial Júnior (Dinamarca) foram:
Categoria D1
Kailani Ecke dos Santos, do Rio Grande do Sul, campeã da seletiva
Rafaela Souza Liborio Pettersen, de Minas Gerais
Categoria H1
Gean Carlos Soares da Silveira, do Rio Grande do Sul, campeão da seletiva
Lucas Cremonese Jaeger, do Rio Grande do Sul
Gabriel Azevedo Rodrigues Ferreira, do Rio de Janeiro


Parabéns a todos os orientistas e organizadores pelo sucesso na realização dessa seletiva.

Um recado aos selecionados

Desejamos uma excelente viagem às nossas delegações. Continuem focados na preparação, pois o desafio apenas está começando. Vocês terão pela frente a grata oportunidade de competir junto com atletas de nível internacional. Levem consigo a humildade para aprender mais. Tragam as experiências e as compartilhem com os orientistas que estarão aqui torcendo por vocês. 
Especificamente para os que vão à Dinamarca, não deixem de ler nossa experiência no WMOC2018, em Copenhagen (clique aqui e aqui).

Boas rotas \o/
orientistaemrota

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Final do CamBOr 2018 - impressões gerais

Olá, estimados orientistas.

A última etapa do Campeonato Brasileiro de Orientação – CamBOr 2018, ocorreu nas instalações do INPE, em Cachoeira Paulista-SP.

Foi um evento considerado satisfatório pela maioria dos competidores, tendo destaque os percursos que priorizaram a velocidade. Observem nos nos mapas da categoria H35A que as rotas ponto a ponto foram, na grande maioria, de soluções óbvias. Ou seja, com poucas escolhas possíveis para as tomadas de decisão. Vale considerar, ainda, as fortes chuvas que antecederam as provas de floresta e a dificuldade de progressão nas áreas teoricamente abertas. As áreas de pasto, por exemplo, apresentaram mato alto e difícil de transpor.


Seguindo minha meta de percorrer uma distância real de até 20% acima da distância em linha vermelha, num pace de até 7’/km, obtive resultados satisfatórios. Foi um primeiro lugar no percurso longo e um terceiro lugar no percurso médio. Dessa forma, no somatório, terminei a etapa na primeira colocação, tal como na classificação geral do CamBOr 2018.  Pela primeira vez tive a sensação de que estou no caminho certo. Ainda faltam ajustes na parte técnica e na capacidade física. Assim como na meta, pois este último WMOC me ensinou que o pace deve estar abaixo de 6’/km.
Observem que as rotas escolhidas, em ambos os percursos, foram de definição simples. Houve poucas oportunidades de escolhas:


Aqui uma animação para que vocês visualizem as rotas escolhidas por dois competidores na categoria (eu e o Wesley Oliveira).

Os resultados, ranking final do CamBOr 2018 e os mapas da etapa estão disponíveis na página da CBO.
A partir do ano que vem, o CamBOr será disputado em etapa única. Esperamos que a medida seja bem recebida por toda a família orientista. E que o novo modelo seja palco de disputas justas e agradáveis a todos.
O álbum de fotos está incrível. Clique aqui e veja se você ou algum conhecido foi flagrado. Compartilhe e não se esqueça de citar a fonte. Isso incentiva a trabalhar ainda mais para vocês.

Boas rotas \o/

orientistaemrota

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Troféu Cerrado de Orientação - TCO 2018

Olá, estimados orientistas.

Agora vamos conversar sobre o Troféu Cerrado de Orientação - TCO 2018 - que ocorreu na cidade de Ipameri-GO. O número de atletas foi menor em relação ao ano anterior, mas as disputas foram acirradas como de costume.
O torneio contou com a realização de dois percursos tradicionais - um longo e um médio. E ainda houve a oferta de uma pista tipo sprint para aqueles que tinham disponibilidade para uma disputa na sexta-feira.

Sobre o sprint, destaque para o uso de um curral o qual desafiou o raciocínio dos competidores, por se parecer com um labirinto. Também houve a colocação de um ponto em posição equivocada, com correção durante a prova. Para este segundo caso, sugiro a leitura deste post, no qual comento sobre um erro meu durante a montagem de um percurso também sprint em Brasília.
Os percursos longo e médio ocorreram em áreas distintas, tornando mais interessante a competição. Apesar de em locais diferentes, as características de vegetação e relevo foram mantidas.

Abaixo os mapas dos três percursos, com minhas respectivas escolhas (clique na imagem para ampliar).

 No Sprint minha maior dificuldade foi devido à colocação do ponto 4 em local diferente do que estava descrito no mapa e na sinalética. Acabei contornando o prédio sendo que o ponto estava no segundo andar da construção. A Organização colocou o ponto no local correto e, por consequência, os demais competidores puderam concretizar suas rotas em tempos menores que o meu.

No Percurso Longo cometi vários erros pequenos os quais me tomaram bastante tempo. Acabei terminando a prova na segunda colocação, mas com a sensação de que a classificação se deveu aos erros mais graves dos meus concorrentes.
Rota da partida para o ponto 1
O que planejei: sair pela trilha à esquerda e, após passar pelo aceiro da linha de alta tensão, seguir em azimute para o ponto 1.
O que fiz: ao chegar no aceiro da linha de alta tensão, percebi que a progressão era mais veloz pela vegetação. Ao chegar à área limpa, perdi a concentração e acabei passando por duas cercas. Ao efetuar a conferência do mapa, numa região onde havia uma cerca e árvores de destaque, percebi o erro e azimutei em direção ao ponto.
O que deveria ter feito: seguir conforme o inicialmente planejado, dispensando o aceiro da linha de alta tensão.
Distância percorrida além do necessário: 100m.
Distância real além da linha vermelha: 45% (400m).

Rota do ponto 1 para o ponto 2
O que planejei: seguir em azimute pela linha vermelha, utilizando a cerca como ponto de checagem.
O que fiz: parti em azimute na direção da cerca. Mas por conta da vegetação, optei por contornar no sentido leste. Ocorre que desviei demasiadamente da meta inicial.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, pois a dificuldade de deslocamento no desvio não compensou a rota adotada.
Distância percorrida além do necessário: 120m.
Distância real além da linha vermelha: 47% (130m).

Rota do ponto 6 para o ponto 7
O que planejei: descer pela estrada até o cruzamento dela com a linha aérea. Dali, azimutar para o ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado até o momento do azimute. Ocorre que não efetuei a contagem da distância e, com a vegetação se tornando mais fechada, perdi a confiança na minha posição e tive que utilizar a linha aérea ao sul como ponto de segurança. Me localizei e efetuei o ataque ao ponto pelo lado sul.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, atentando para a contagem de distância quando tracei o azimute em direção ao ponto.
Distância percorrida além do necessário: 300m.
Distância real além da linha vermelha: 45% (450m).

Rota do ponto 11 para o ponto 12
O que planejei: seguir para a cerca no rumo nordeste, alcançar a estrada e por ela descer até os cupinzeiros que serviriam de ataque para o ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado.
O que deveria ter feito: considero que foi uma boa escolha. Entretanto, aluns colegas informaram que fariam a rota pegando a estrada ao sul, atacando o ponto por baixo. Vale observar que essa alternativa demandaria um esforço maior ao tentar vencer a vegetação.
Distância percorrida além do necessário: considerando que segui o planejado, 0m.
Distância real além da linha vermelha: 50% (250m).


Quanto ao percurso médio, este não apresentou muitas surpresas. Podem observar no mapa abaixo as minhas rotas, as quais apresentaram alguns pontos de lentidão, mas dentro do razoavelmente aceitável.
Na rota do ponto 4 para o ponto 5 houve um erro no ataque, sendo corrigido com lentidão.
E na rota do ponto 9 para o ponto 10, por conta de uma suposta diferença entre o mapa e a vegetação real, acabei percorrendo 160m além do necessário para percorrer o trecho.
Distância percorrida além do necessário: 150m.
Distância real além da linha vermelha: 144% (230m).

Abaixo as animações com as rotas escolhidas:


O álbum de fotos está incrível. Clique aqui para apreciar e compartilhar.
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Boas rotas \o/
orientistaemrota