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terça-feira, 29 de março de 2022

Análise de rotas I Etapa do CODF 2022

 Olá, orientistas e amantes dos esportes outdoor.


Foi dada a partida para o Campeonato de Orientação do Distrito Federal e este post é para avaliarmos minhas escolhas no mapa da categoria H Master A (categoria que disputo atualmente).

Como sempre faço nas análises de rotas, lembro a vocês que minha meta inicial é realizar todo o percurso num pace médio de 7 min/km e percorrer, no máximo, 20% de distância além da distância da linha vermelha.

Nesta prova o mapa da HMA apresentou 5,4km de distância, com 185m de desnível. Portanto, considerando a meta, eu deveria percorrer até 6,5km de distância em pouco mais de 45 minutos. A área era de terreno bem movimentado, com a maior parte em campo limpo e áreas de árvores esparsas. Era possível observar a existência de três grandes elevações, as quais foram inteligentemente abordadas pelo traçador de percursos. Ainda com relação ao mapa, vale ressaltar que o traçador (Alberto Amaral) e o árbitro (Humberto Rizzi) propiciaram uma pista que primou pela navegação, com opções de rotas ponto a ponto e atendendo ao princípio "no green" (evitar colocar o atleta para ´cortar mato´). Foi muito agradável executar este percurso, que exigiu muito da parte física, trouxe excelentes desafios mentais e me fez utilizar praticamente todas as técnicas que aprendemos ao longo do tempo.

Abaixo o mapa com minhas rotas (clique para ampliar):


Rota do triângulo para o ponto 1


O que planejei: sair lentamente pela parte alta da elevação, minimizando o desgaste físico da transposição da elevação, aproveitando as curvas de nível. Nas proximidades do ponto 18, iniciar leitura fina utilizando como ataque o bordo da vegetação.

O que fiz: na saída do triângulo, observei que a vegetação condizia com o mapa, permitindo uma corrida livre. Executei a subida sem avaliar adequadamente a possibilidade de seguir pela direita, aproveitando as curvas de nível. Após passar pelas valas secas, aumentei a velocidade e passei pela cerca próxima ao ponto 18. Dali cheguei ao próximo checkpoint que era o bordo da vegetação próxima à nascente e ataquei o ponto observando o relevo. Na imagem acima observem em vermelho os checkpoints e em rosa as linhas de segurança.

O que deveria ter feito: a opção de iniciar em subida foi calculada tendo em vista a segurança que eu precisava para entrar no mapa. Uma opção poderia ser a alternativa em roxo na imagem acima. Observem que considerei, ainda, a condição física necessária para completar todo o percurso.

Rota do ponto 2 para o ponto 3


O que planejei: sair em azimute com erro proposital para a direita. Atravessar a cerca e seguir em direção ao ponto (esquerda) observando a vegetação e a vala seca. Em rosa está a minha linha de segurança.

O que fiz: segui conforme o planejado.

O que deveria ter feito: uma opção seria utilizar a cerca em ruína pela esquerda e atravessar a vegetação menos densa, utilizando como checkpoint a árvore de destaque. Dali, seguir em azimute até o ponto.

Rota do ponto 7 para o ponto 8

O que planejei: pegar a estrada até notar a diferença de vegetação, contando a distância percorrida, e atacar o ponto.

O que fiz: segui em velocidade pela estrada, mas me perdi na contagem de distância. Daí fui pelo bordo da vegetação chegando até uma parte aonde a cerca era aparente. Observei toda a clareira e percebi que havia passado do ponto. Retornei para vasculhar, sendo que um competidor acabou entregando o ponto. Neste erro, percorri 150m além do necessário. Isto me custou pouco mais de 1 minuto.

O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, acrescentando as duas árvores de destaque como ponto de ataque.

Rota do ponto 13 para o ponto 14

O que planejei: contornar a elevação pelas curvas de nível, contando as valas secas e a distância. Utilizar como ataque a quarta vala seca, que também era a linha de segurança.

O que fiz: segui conforme o planejado, embora não tenha conseguido me manter na mesma curva de nível. Observem que desci muito a partir da terceira vala seca. Ainda, havia mais dois outros atletas da mesma categoria os quais sugeriram que eu já havia passado do ponto. Mantive a concentração e obtive êxito.

O que deveria ter feito: em laranja estão as duas opções. Pegar a trilha indistinta ou, chegando na terceira vala seca, subir contornando a vegetação e utilizar a vegetação mais fechada como ponto de ataque, por cima do ponto 14.

Rota do ponto 18 para o ponto 19

O que planejei: descer a elevação, utilizando a cerca como corrimão. Utilizar como primeiro checkpoint a diferença de vegetação com a cerca e o segundo checkpoint a segunda cerca após a linha d'água. 

O que fiz: segui conforme o planejado, mas percebi que estava distante da cerca e descendo muito rápido. Notei, ainda durante a descida, que teria que subir novamente após os checkpoints. Mas já não seria prudente alterar a estratégia. Após o segundo checkpoint, subi em direção ao ponto 19 tendo a cerca como linha de segurança.

O que deveria ter feito: apesar da vegetação esparsa, utilizar uma das duas opções em roxo seria mais proveitoso. O tempo gasto para subir novamente pode ter refletido em um esforço físico maior, mesmo em comparação com aqueles que optaram por passar próximo aos reservatórios de água.


As demais rotas eu considerei dentro da normalidade. Então, sintam-se à vontade para darem seus pitacos. Basta utilizar o campo de comentários no final deste post.

Aqui o vídeo do meu percurso. Nele vocês têm a oportunidade de vivenciar mais de perto o que foi esta prova. Observem o relevo e a vegetação. Espero que gostem.


E se você quiser contribuir financeiramente para a manutenção do blog e do nosso canal no YouTube, acesse a Decathlon clicando aqui. Uma parte do valor que você gastar será revertida para nossos projetos.


Boas rotas \o/

Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.


terça-feira, 15 de março de 2022

Pista Treino no Parque Ecológico de Águas Claras - DF

 Olá, estimados orientistas em galera do outdoor.

No dia 12 de março, tivemos mais um treino aqui no DF. Dessa vez, a arena escolhida foi o Parque Ecológico de Águas Claras. Um parque urbano muito bem localizado na satélite de mesmo nome.


Foi utilizado o app MapRun6, que rendeu toda aquela gama de funcionalidades que tanto encanta aos orientistas (rotas no RouteGadget, apuração instantânea, tabelas de resultados no SplitsBrowser, visualização do seu percurso sobre o mapa e sobre o terreno etc.).


Fiz algumas fotos e as deixei disponíveis neste álbum aqui.

E se você estiver aqui por Brasília, acesse o aplicativo e vá lá curtir a pista e deixar seu nome no ranking. Este percurso está garantido durante todo o ano de 2022. O mapa está disponível em formato .pdf, para quem quiser baixar e imprimir.


Boas rotas \o/

Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Pista Permanente Parque de Águas Claras - MapRun6 - Mapa para download

 Olá, estimados orientistas.

Quem estiver em Brasília pode aproveitar o aplicativo MapRun6 e realizar um percurso de corrida de Orientação no Parque de Águas Claras. O parque está a 25 minutos da capital, na cidade satélite de Águas Claras. Inclusive com acesso via transporte coletivo (metrô ou ônibus).

Você pode realizar o percurso utilizando somente o seu telefone celular ou imprimir o mapa em formato .pdf, que está disponível clicando aqui.

E para saber mais sobre o aplicativo, tem post aqui no blog e uma live muito interessante sobre o primeiro uso em evento oficial do MapRun aqui no Brasil.



Seja inteligente!

Pratique a corrida de Orientação.

\o/

terça-feira, 17 de março de 2020

Ajustem seus azimutes


Olá, estimados orientistas.


Desde dezembro, de algum modo, estávamos cientes da existência de uma nova variação de coronavírus. O epicentro da propagação era a China, país que adotou várias medidas para mitigar os danos provocados pela epidemia. Alguns países vizinhos se isolaram e, assim, conseguiram impedir um avanço descontrolado. Entretanto, num mundo sem fronteiras, a Itália se tornou um ícone. E agora, depois de 3 meses, nosso país começa a sentir os reflexos do que já se chama pandemia. Para variar, somente depois do carnaval acenderam a luz de alerta. Sei que muitos ainda duvidam do potencial negativo do contágio em massa. Muitos estão com esperança de que nosso país não será atingido, ou que lidará com sucesso contra a doença. Muitos acreditam que é tudo uma teoria da conspiração. Outros estão em pânico, inclusive desabastecendo o mercado de produtos para proteção. Talvez, quiçá, se esquecendo que os vizinhos também precisam de álcool gel e outros itens protetivos.
Agora parece que a ficha está caindo. O jogo de futebol que não será transmitido, aquela corrida de rua que foi adiada, os filhos que foram liberados da escola, as ruas com trânsito tranquilo... a tia do primo do vizinho que conhece fulano que está infectado...
É bem assim mesmo. O que chamavam de falso alarmismo era, na verdade, uma falta de atitude em prevenir algo que estava batendo à nossa porta.
Temos um calendário ativo de atividades de corridas de orientação. E há uma aparente nuvem encobrindo qualquer fala que sugira o adiamento de provas ou a solicitação de um posicionamento das autoridades competentes. Nesse cenário, por exemplo, ocorreu a Copa Sul. No próximo final de semana temos eventos programados em alguns estados. Qual a situação deles? Até agora, um evento que ocorreria em Goiânia-GO, foi cancelado. Também a Federação de Pernambuco confirmou suspensão das atividades. Aplaudo a atitude, pois estão seguindo a recomendação das autoridades locais.
E o CamBOr? Sobre este, não posso falar. Apenas imaginar que já estão com um plano B e um plano C bem desenhados. Que estão cientes sobre as restrições a grandes aglomerações. Que previram a possibilidade de que os competidores nem tenham condição de chegar por via aérea devido ao encolhimento da malha. Que quanto mais tarde houver definição, em caso de adiamento, maior prejuízo financeiro terão os inscritos. Conheço alguns dos responsáveis pelo evento e nesses poucos eu confio. Entendo a dimensão do que pode ser um problema, e creio na capacidade deles em tratar o caso com a seriedade merecida.
Talvez a CBO e seus federados estejam com o receio de causar pânico, ou que medidas restritivas firam a imagem da entidade. Mera especulação de minha parte. Mas se for esse o receio, podem ficar tranquilos. Grande parte já está contando com essa possibilidade. E os que pensam contrário vão agradecer daqui há algumas semanas.
Acabei fazendo algumas leituras nos informes que recebi de outros países e também busquei saber o posicionamento oficial de entidades mundo afora. E hoje a IOF publicou uma ação mais enérgica, cancelando ou adianto todosos seus eventos programados até 31 de maio corrente. Um percurso natural, já que os países estão fechando suas próprias fronteiras.
Quanto às corridas de rua e corridas em trilha, essas já vinham sendo canceladas. Agora é um momento de unirmos forças em benefício da coletividade.
Sugiro aos colegas que fiquem atentos aos informes das companhias aéreas e rede hoteleira caso sejam impactados pelas decisões que virão. Quanto antes se informarem, melhores serão as decisões. Lembrando sempre que buscar a fonte é a melhor maneira de evitar notícias falsas.
Que tenhamos capacidade para lidar com essa adversidade.

Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
Boas rotas \o/
orientistaemrota

sábado, 18 de maio de 2019

Troféu Cerrado de Orientação 2019 - Sprint

Olá, estimados orientistas.

Em Brasília está acontecendo neste final de semana o evento regional Troféu Cerrado de Orientação 2019. Ao todo serão três provas - sprint, percurso longo e percurso médio. A sede do evento é o campus de Planaltina do Instituto Federal de Brasília. Uma área de cerrado nativo bastante desafiadora e competitiva.

O período da competição foi escolhido propositalmente para fazer parte do calendário de atividades do World Orienteering Day - Dia Mundial da Orientação.
Acompanhe as atualizações sobre o TCO2019 no blog e em nossas redes sociais.
Temos dois álbuns de fotos disponíveis para você, orientista: um deles, da linha de chegada,está disponível clicando aqui.
O outro álbum - com imagens da partida e da premiação - gentilmente cedido pelo orientista e fotógrafo André Pivoto (Comib), está disponível clicando aqui.
Seja inteligente! Pratique corrida de orientação.

Boas rotas \o/
orientistaemrota

quarta-feira, 20 de março de 2019

Seletiva para o Mundial Estudantil de Orientação

Olá, estimados orientistas.

No último final de semana (16 e 17 de março) ocorreu a seletiva para a formação da equipe que representará o Bradil no Campeonato Mundial Estudantil de Orientação. O evento foi promovido sob responsabilidade da FODF e sediado no município de Luziânia-GO, no entorno do Distrito Federal. Também serviu para a CBO definir os selecionados para o JWOC2019, o Mundial Júnior de Orientação.


Essa seletiva é um momento histórico, pois a CBDE - Comissão Brasileira do Desporto Escolar -, num acordo inédito, vai custear os dez selecionados que irão nos representar no ISF World Student Orienteering Championships, que acontecerá em maio na Estônia. Já a CBO, solucionando uma alteração de última hora devido à desistência do apoio oferecido pela DEPA (Departamento de Educação Preparatória e Assistencial do Exército) se comprometeu a custear a ida de 5 atletas para o JWOC2019, na Dinamarca.
A disputa foi acirrada e emocionante. Nossos jovens atletas, nascidos entre 2001 e 2005, embalados pela torcida empolgante dos colegas e ao som dos gritos de apoio dos pais, responsáveis e técnicos, suaram a camisa para demonstrar o merecimento a uma das tão sonhadas vagas. Foram mais de 70 orientistas representando 11 unidades federativas da União.


Estiveram presentes no evento a CBO e a CBDE. Vale frisar que o representante da CBDE que acompanhou essa seletiva, após ver de perto nosso esporte, declarou que apoiará a modalidade inclusive na implantação das Federações nos estados que ainda não a possuem. A expectativa é ampliar a participação estudantil no âmbito nacional. Isso demonstra o enorme potencial da corrida de Orientação, seja em termos de organização e estrutura, seja enaltecendo os aspectos pedagógicos, ambientais e físicos que ela proporciona aos seus praticantes.


Sobre as disputas

Os estudantes foram divididos em quatro categorias (D1/H1 e D2/H2). Todas com nível A de dificuldade. No dia 16 foi realizado o Percurso Longo e no dia 17 o percurso Médio.
O local da disputa apresentou boa variação de relevo e vegetação, possibilitando mapas de excelente qualidade. A prova Longa se caracterizou pelos percursos técnicos e a prova Média, com boa parte dos percursos em área branca, buscou evidenciar características de velocidade e resistência dos competidores.


Os resultados das provas e a lista de selecionados estão disponíveis no site da CBO.
E nosso álbum de fotos está disponível clicando aqui.




Os atletas selecionados para participação no Mundial Escolar (Estônia) foram:
Categoria D2
Laura Viera Maia, de Minas Gerais, campeã da seletiva
Larissa Silva de Freitas, do Distrito Federal
Alana Santos de Souza, da Bahia
Aline Correia de Almeida, do Pará
Júlia Gaspar Rosal, do Pará
Categoria H2
Ryan Barbosa Castro, da Bahia – campeão da seletiva
Luiz Guilherme M. Mello, do Ceará
Arthur Ferreira Nascimento, do Pará
Bernardo Dutra Barbosa, do Rio de Janeiro
Victor Hugo C. Lopes Rego Pereira, do Rio de Janeiro
 
Os atletas selecionados para participação no Mundial Júnior (Dinamarca) foram:
Categoria D1
Kailani Ecke dos Santos, do Rio Grande do Sul, campeã da seletiva
Rafaela Souza Liborio Pettersen, de Minas Gerais
Categoria H1
Gean Carlos Soares da Silveira, do Rio Grande do Sul, campeão da seletiva
Lucas Cremonese Jaeger, do Rio Grande do Sul
Gabriel Azevedo Rodrigues Ferreira, do Rio de Janeiro


Parabéns a todos os orientistas e organizadores pelo sucesso na realização dessa seletiva.

Um recado aos selecionados

Desejamos uma excelente viagem às nossas delegações. Continuem focados na preparação, pois o desafio apenas está começando. Vocês terão pela frente a grata oportunidade de competir junto com atletas de nível internacional. Levem consigo a humildade para aprender mais. Tragam as experiências e as compartilhem com os orientistas que estarão aqui torcendo por vocês. 
Especificamente para os que vão à Dinamarca, não deixem de ler nossa experiência no WMOC2018, em Copenhagen (clique aqui e aqui).

Boas rotas \o/
orientistaemrota

domingo, 27 de maio de 2018

CODF2018 - III Etapa. Fotos e comentários sobre os percursos.

Olá, estimados orientistas.

No dia 20 de maio ocorreu a III Etapa do CODF 2018 (o Campeonato de Orientação do DF). A prova, nos moldes da Orientação tradicional, foi sediada nas proximidades da cidade satélite de Brazlândia. O terreno, apesar de plano e disposto em quadrantes, foi desafiador e possibilitou boa disputa. Destaque para algumas regiões do mapa cujo relevo apresenta grande número de pequenas elevações (cocorutos), responsáveis por uma maior exigência física e mental.

Dessa vez participei nos bastidores do evento, na função de traçador de percursos. E é essa a experiência que gostaria de compartilhar com todos vocês. Espero que as próximas palavras sejam úteis, já que não é sempre que temos esse tipo de explanação.
Abaixo o mapa geral da prova:

Notem que a área é quase plana, com vegetação predominante de árvores esparsas. Os quadrantes, divididos por estradas bem definidas, foram uma dificuldade a mais para desenho dos percursos.
Outro aspecto relevante foi a pré-definição, por questões logísticas, dos locais de partida e chegada. Observem que são bem próximos e na base sudoeste do mapa. A região de partida apresentou certa facilidade para espalhar os atletas (pouco mais de 130), mantendo os novatos nas proximidades, evitando o bordo do mapa, em escala 1:7500.
A área para chegada se limitou aos pontos 43 e 65, sendo necessária a criação de uma dispersão para evitar o "encarneiramento" na estrada de acesso à entrada da arena.
As dimensões dos quadrantes também complicaram o desenho de rotas para as categorias N (fácil) e B (difícil), pois existe um limite de distância a ser observado, conforme regras para traçados de percursos.
Para tornar os percursos mais interessantes, nos níveis A (muito difícil) e E (elite), adotei o uso de borboletas.
Em conversas com alguns participantes mais experientes, um dos comentários foi em relação ao ponto base de uma borboleta, o qual foi definido próximo a uma árvore seca. Ocorre que, segundo o competidor, o ponto "serviu de farol para os outros dois ataques ao PC, pois era visível de longe". De fato, um objeto de fácil visualização acaba por diminuir o tom desafiante após a primeira passagem. 












Abaixo é possível observar as escolhas de três competidores da categoria H21E. Suas rotas estão disponíveis no site 3DRerun.

Para acessar o álbum de fotos da competição, clique aqui. Aproveite e compartilhe nas redes sociais. Não se esqueça de citar a fonte (o endereço do blog e a tag #orientistaemrota), pois assim você estará incentivando a continuidade deste trabalho.

E deixe aqui seus comentários sobre essa prova. Toda manifestação é válida para que os organizadores avaliem e possam melhorar os eventos de Orientação.

Se você perceber alguma foto que deva ser ocultada, envie mensagem solicitando a ação.

Boas rotas \o/
orientistaemrota

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Análise de Rotas - IV Etapa do CODF 2017

Olá, estimados orientistas.

As análises de rota são uma oportunidade incrível de aprendermos mais sobre a corrida de Orientação e uma forma eficaz de aprimorar a técnica. Hoje vamos tratar do mapa da IV Etapa do Campeonato de Orientação do DF, na categoria H21E.

(Editado em 27/09: incluídos comentários do traçador Antonio Dmeterko, sobre a rota do ponto 09 para o ponto 10)

É um mapa bastante técnico, fidedigno e que apresentou um terreno complicado. Notem que a distância em linha reta foi de "apenas" 5,7 km. O tempo do vencedor foi de 1h. Portanto, um mapa de progressão lenta.
Dois aspectos interessantes a ressaltar são a quantidade de afloramentos rochosos e o clima quente e seco que domina o cerrado nessa época do ano (mês de agosto).
Como citado em outras análises de rotas, minha meta é completar o mapa percorrendo, no máximo, 20% a mais da distância da linha vermelha e num pace médio de, até, 7 minutos por quilômetro.
Nessa etapa, portanto, considerando que a linha vermelha era de 5,7 km, para alcançar a minha meta, deveria percorrer, no máximo, 6,8 km. Essa distância, num pace de 7'/km, levaria aproximadamente 49 minutos.
Cometi alguns erros e completei a prova em 1h44', percorrendo 8,1 km.
Nas próximas linhas, vou tentar explicar melhor o que aconteceu para este resultado (clique nas imagens caso queira ampliar). 

Este é o mapa da prova:

Este é o mapa com as minhas escolhas:


Rota do ponto 3 para o ponto 4

O que planejei: seguir até a estrada, virar à esquerda, pegar a estrada que contorna a cerca, contar a distância e atacar o ponto a partir da cerca em ângulo de 90 graus.
O que fiz: segui conforme o planejado.
O que deveria ter feito: a estratégia não foi ruim. Mas percorri 140m além da distância da linha vermelha. Avalei que seria melhor adotar a rota mais segura no início da prova, para ir ganhando confiança. Entretanto, seguir pela linha vermelha era uma excelente opção.


Rota do ponto 09 para o ponto 10
Aqui vou copiar, na íntegra, os comentários do traçador Antonio Dmeterko. As setas na cor rosa são opções. Meu planejamento era seguir pela ruína da cerca, mas acabei mudando o planejado dada a dificuldade de progressão. Segui pela curva de nível, ainda com dificuldades. Fui descendo em diagonal e cheguei (por sorte) no "vão" comentado pelo traçador. De fato, não tive a capacidade de avaliar a passagem demarcada no mapa. Com a palavra, o traçador Dmeterko:

Como traçador dos Percursos do evento em questão, quero dizer que já esperava as dificuldades encontradas na rota do PC 09 para o 10. Terreno muito difícil. O que me surpreendeu foi o fato de nenhum dos três atletas analisados ter usado a brecha de 404 que havia bem no meio dessa vegetação 409. Para quem não foi próximo da linha vermelha essa era a melhor opção. Provavelmente o susto da dificuldade da primeira "encarada" naquela área tão difícil e a ruína de cerca levaram os três a não vislumbrarem essa opção acima mencionada.

Já o teu erro do 13 para o 14 deve ter sido por natural descuido e desconcentração, pois tinha acabado de sair de uma área muito difícil para uma área relativamente bem fácil e, possivelmente deu aquela "relaxada" natural.

E o erro do 14 para o 15 é o velho problema de quem comete um erro crasso num ponto e tenta recuperar. É muito comum repetir-se o erro nessa situação.


Mais uma vez, obrigado, Dmeterko \o/

Rota do ponto 13 para o ponto 14

O que planejei: pegar a trilha à frente do ponto 13 em direção à região do ponto 14. Ao final da região rochosa e quedas d'água, contornar a vegetação mais fechada à direita e atacar o ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado até passar pelas formações rochosas. Adotei como ponto de controle uma queda d'água. Ocorre que passei da região e, na borda do mapa, utilizei uma outra queda d'água mais à frente como sendo meu check point inicial. Como resultado, acabei saindo do mapa e demorei para perceber o erro. Voltei algumas vezes ao rio, tentando identificar a posição exata. Percorri pouco mais de 300m além do estimado, em baixa velocidade. Somente após fazer uma leitura da vegetação é que percebi a real posição do ponto 14, sendo atacado e encontrado finalmente.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, adotando como check point as formações rochosas, além de realizar a contagem da distância percorrida. O ponto de segurança deveria ser o encontro de trilhas na borda do mapa.

Rota do ponto 14 para o ponto 15

O que planejei: voltar para a trilha e, mais uma vez adotando uma queda d'água como referência, atacar o ponto 15.
O que fiz: segui como planejado e o equívoco me custou mais tempo e distância percorridos sem efetividade. Voltei ao ponto 14 e, de lá, azimutei para o ponto 15. Foram mais de 6 minutos perdidos, além do esforço físico para percorrer 450m em excesso. Vale somar, ainda, o abalo mental provocado pelo segundo erro em sequência.
O que deveria ter feito: azimutar do ponto 14 rumo ao ponto 15, seguindo o mais próximo da linha vermelha.


Para tornar mais interessante essa análise de rotas, fiz um pequeno vídeo utilizando o QuickRoute e a plataforma de análises 3DReRun. Convido todos vocês a assistirem de forma a complementar o que foi escrito neste post.

Não deixem de comentar essa análise e contribuir para melhorar a qualidade do nosso blog.

Boas rotas \o/
orientistaemrota

domingo, 6 de agosto de 2017

TCO Troféu Cerrado de Orientação 2017 e III Etapa CODF2017

Olá, estimados orientistas.

No dia 30 de julho de 2017 Brasília sediou o Troféu Cerrado de Orientação. Este é o evento regional que define os melhores orientistas dentre aqueles do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Claro que, assim como em outras competições regionais, há a participação de orientistas de outras Federações, engrandecendo os eventos e melhorando a competitividade.

Dessa vez o campo de prova foi definido no núcleo rural Rodeador, nas proximidades de Brazlândia. A área, apesar de plana, apresenta uma mescla de floresta de pinus e cerrado nativo. Um aspecto que chamou bastante atenção foi o forte frio, que fez os termômetros despencarem na preparação e no início da prova. Antes da largada, os casacos eram os itens básicos.

Vale ressaltar que esse TCO 2017 também valeu como a III Etapa do CODF 2017. Ao todo, participaram 234 competidores os quais consideraram que a organização da prova foi boa ou muito boa.


Os campeões da categoria Elite Masculina foram, pela ordem: Cleber Vidal (COSAM), João Batista (COMIB) e João Pedro (ADAAN). Na Elite Feminina, subiram ao pódio Sara Weis (COGA), Elaine Montenegro (COASSEB) e Elizete Rodrigues (COTi).
Abaixo o mapa da categoria H21E. Para os competidores, uma das rotas mais complexas foi a do ponto 9 ao ponto 10. Alguns encararam o 410 (optaram por atravessar o verde escuro). Não houve unanimidade quanto ao êxito dessa estratégia.

Neste trecho (rota do ponto 9 ao ponto 10), o atleta Paulo Corpes fez o melhor tempo, com 6'18". Já o líder da prova naquele momento, Cléber Vidal, precisou de 10'30" para completar essa rota. Alguns atletas optaram pela linha vermelha, outros atravessaram a parte mais lenta pela faixa estreita próximo ao ponto 12. E outros fizeram a rota segura, contornando pela estrada.

Os resultados podem ser consultados no Helga-O (clique aqui).
Veja também nosso álbum de fotos clicando aqui (parte das fotos foram cedidas por Marco Aurelio).

E não deixe de comentar o que achou da prova, dos mapas e das suas estratégias. Compartilhe suas impressões.

Ah, caso compartilhe as fotos, não se esqueça de citar a fonte.

Boas rotas \o/
orientistaemrota