Olá, estimados orientistas e também praticantes de atividades outdoor.
Elaborei um calendário com eventos de corrida de orientação e também de corridas trail. Assim, posso me organizar melhor tanto em termos de preparação quanto na logística para participar das provas e treinos.
O calendário tem como fonte o site da CBO, os informativos das Federações e clubes, redes sociais e o site da IOF. Então, é provável haver alterações. Mas vou tentando atualizar sempre que possível.
Com este calendário disponível na palma da sua mão, será muito mais fácil saber tudo que está acontecendo no nosso meio. De uma maneira mais prática, ao invés de ter que acessar sites ou informes dos organizadores.
E também está integrado a este blog, aqui ao lado. Então, sempre que vier por aqui, você terá uma visão geral dos eventos do mês. Para maiores informações, basta clicar em cada data.
Também incluí as provas do campeonato Corridas de Montanha. As provas trail e de corrida de aventura são muito interessantes para os orientistas. Primeiro porque acredito que temos uma capacidade técnica melhor em comparação com os trilheiros (nós não corremos somente em trilhas). Segundo porque estamos muito restritos às provas de corrida de orientação, o que limita nossa visão sobre organização de eventos e captação de adeptos.
Foi dada a partida para o Campeonato de Orientação do Distrito Federal e este post é para avaliarmos minhas escolhas no mapa da categoria H Master A (categoria que disputo atualmente).
Como sempre faço nas análises de rotas, lembro a vocês que minha meta inicial é realizar todo o percurso num pace médio de 7 min/km e percorrer, no máximo, 20% de distância além da distância da linha vermelha.
Nesta prova o mapa da HMA apresentou 5,4km de distância, com 185m de desnível. Portanto, considerando a meta, eu deveria percorrer até 6,5km de distância em pouco mais de 45 minutos. A área era de terreno bem movimentado, com a maior parte em campo limpo e áreas de árvores esparsas. Era possível observar a existência de três grandes elevações, as quais foram inteligentemente abordadas pelo traçador de percursos. Ainda com relação ao mapa, vale ressaltar que o traçador (Alberto Amaral) e o árbitro (Humberto Rizzi) propiciaram uma pista que primou pela navegação, com opções de rotas ponto a ponto e atendendo ao princípio "no green" (evitar colocar o atleta para ´cortar mato´). Foi muito agradável executar este percurso, que exigiu muito da parte física, trouxe excelentes desafios mentais e me fez utilizar praticamente todas as técnicas que aprendemos ao longo do tempo.
Abaixo o mapa com minhas rotas (clique para ampliar):
Rota do triângulo para o ponto 1
O que planejei: sair lentamente pela parte alta da elevação, minimizando o desgaste físico da transposição da elevação, aproveitando as curvas de nível. Nas proximidades do ponto 18, iniciar leitura fina utilizando como ataque o bordo da vegetação.
O que fiz: na saída do triângulo, observei que a vegetação condizia com o mapa, permitindo uma corrida livre. Executei a subida sem avaliar adequadamente a possibilidade de seguir pela direita, aproveitando as curvas de nível. Após passar pelas valas secas, aumentei a velocidade e passei pela cerca próxima ao ponto 18. Dali cheguei ao próximo checkpoint que era o bordo da vegetação próxima à nascente e ataquei o ponto observando o relevo. Na imagem acima observem em vermelho os checkpoints e em rosa as linhas de segurança.
O que deveria ter feito: a opção de iniciar em subida foi calculada tendo em vista a segurança que eu precisava para entrar no mapa. Uma opção poderia ser a alternativa em roxo na imagem acima. Observem que considerei, ainda, a condição física necessária para completar todo o percurso.
Rota do ponto 2 para o ponto 3
O que planejei: sair em azimute com erro proposital para a direita. Atravessar a cerca e seguir em direção ao ponto (esquerda) observando a vegetação e a vala seca. Em rosa está a minha linha de segurança.
O que fiz: segui conforme o planejado.
O que deveria ter feito: uma opção seria utilizar a cerca em ruína pela esquerda e atravessar a vegetação menos densa, utilizando como checkpoint a árvore de destaque. Dali, seguir em azimute até o ponto.
Rota do ponto 7 para o ponto 8
O que planejei: pegar a estrada até notar a diferença de vegetação, contando a distância percorrida, e atacar o ponto.
O que fiz: segui em velocidade pela estrada, mas me perdi na contagem de distância. Daí fui pelo bordo da vegetação chegando até uma parte aonde a cerca era aparente. Observei toda a clareira e percebi que havia passado do ponto. Retornei para vasculhar, sendo que um competidor acabou entregando o ponto. Neste erro, percorri 150m além do necessário. Isto me custou pouco mais de 1 minuto.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, acrescentando as duas árvores de destaque como ponto de ataque.
Rota do ponto 13 para o ponto 14
O que planejei: contornar a elevação pelas curvas de nível, contando as valas secas e a distância. Utilizar como ataque a quarta vala seca, que também era a linha de segurança.
O que fiz: segui conforme o planejado, embora não tenha conseguido me manter na mesma curva de nível. Observem que desci muito a partir da terceira vala seca. Ainda, havia mais dois outros atletas da mesma categoria os quais sugeriram que eu já havia passado do ponto. Mantive a concentração e obtive êxito.
O que deveria ter feito: em laranja estão as duas opções. Pegar a trilha indistinta ou, chegando na terceira vala seca, subir contornando a vegetação e utilizar a vegetação mais fechada como ponto de ataque, por cima do ponto 14.
Rota do ponto 18 para o ponto 19
O que planejei: descer a elevação, utilizando a cerca como corrimão. Utilizar como primeiro checkpoint a diferença de vegetação com a cerca e o segundo checkpoint a segunda cerca após a linha d'água.
O que fiz: segui conforme o planejado, mas percebi que estava distante da cerca e descendo muito rápido. Notei, ainda durante a descida, que teria que subir novamente após os checkpoints. Mas já não seria prudente alterar a estratégia. Após o segundo checkpoint, subi em direção ao ponto 19 tendo a cerca como linha de segurança.
O que deveria ter feito: apesar da vegetação esparsa, utilizar uma das duas opções em roxo seria mais proveitoso. O tempo gasto para subir novamente pode ter refletido em um esforço físico maior, mesmo em comparação com aqueles que optaram por passar próximo aos reservatórios de água.
As demais rotas eu considerei dentro da normalidade. Então, sintam-se à vontade para darem seus pitacos. Basta utilizar o campo de comentários no final deste post.
Aqui o vídeo do meu percurso. Nele vocês têm a oportunidade de vivenciar mais de perto o que foi esta prova. Observem o relevo e a vegetação. Espero que gostem.
E se você quiser contribuir financeiramente para a manutenção do blog e do nosso canal no YouTube, acesse a Decathlon clicando aqui. Uma parte do valor que você gastar será revertida para nossos projetos.
Boas rotas \o/
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Olá, orientistas e entusiastas dos esportes outdoor.
Em fevereiro, no período de 18 a 20, tivemos mais uma edição do Troféu Cerrado de Orientação. Mais conhecido como TCO 2022.
O evento foi sediado na cidade goiana de Cristalina, sendo organizado pelo COSEC com o apoio da FOG. E, desta vez, recebeu a alcunha de abertura da temporada 2022 da CBO, já que a Copa Sul somente será realizada em setembro.
Neste post, optei por separar o texto em aspectos que muito interessam os orientistas. Dessa forma, já vamos traçando, também, uma rota de avaliação do evento.
Deslocamento até a cidade
Como disse antes, a prova foi realizada na cidade de Cristalina-GO. A cidade já foi palco de CamBOr e outros eventos locais e regionais. Os competidores de outros estados tiveram a opção dos aeroportos de Brasília (130 km de distância) e de Goiânia (280km de distância), tendo que acrescentar o deslocamento rodoviário.
A organização proporcionou as instalações da AABB para acantonamento. Segundo relatos dos orientistas que lá se acomodaram, o local estava constantemente limpo e ofereceu boa estrutura.
Fizemos uma live prévia à competição e conseguimos ajudar alguns atletas a se organizarem em grupos para diminuírem os custos de deslocamento até a cidade e dos pontos de hospedagem até os locais de prova.
Do Sprint
A prova Sprint ocorreu sem anormalidades. O mapa, totalmente urbano, apresentou pouca elevação e muitos desafios mentais. Uma chuva leve mostrou que a impermeabilização do mapa era aquém do ideal.
Importante destacar que não houve atrasos nem na largada nem na cerimônia de premiação. As medalhas foram confeccionadas num padrão que agradou a todos, enlaçadas por uma fita personalizada alusiva ao TCO.
Dos percursos Médio e Longo
Aqui, uma situação que quase "embarreirou" o evento.
O percurso longo foi marcado pelas condições precárias de chegada à arena. Um enorme atoleiro se formou logo na entrada da fazenda escolhida. Inclusive dois dos ônibus responsáveis pelo transporte dos atletas de elite ficaram imobilizados. Atrás deles, vários veículos menores ficaram impedidos de passar.
A prova foi atrasada em quase 1 hora. Tempo necessário para desimpedir a estrada. Também em decorrência das chuvas, o terreno estava pesado.
Mas os desafios propostos pela organização (mapeamento e percursos) foram de acordo com o que se espera de um torneio regional. Os tempos, em geral, ficaram acima do estimado. Segundo os organizadores, uma das explicações pode ser o fato de que boa parte dos atletas estão fora de ritmo de prova, além da alteração de data devido à pandemia - isto porque o TCO estava programado para ocorrer no segundo semestre de 2021, no período de seca.
Um aspecto que merece atenção especial
Importante registrar que o serviço médico à disposição ficou aquém do mínimo necessário para uma prova deste porte. Em um dos dias de floresta, a prova iniciou sem a presença de serviço médico. Já no domingo, uma atleta se feriu e ficou evidente que a estrutura disponível não era suficiente para lidar com situações de emergência. Também houve vários atletas picados por marimbondos ou acometidos de males súbitos.
As organizações, e os árbitros, devem buscar um caminho que garanta maior segurança para os praticantes da corrida de Orientação.
Comentários finais
Apesar dos transtornos ocorridos, a maioria dos presentes se manifestou positivamente quanto ao TCO 2022. O espírito de congraçamento, o retorno das competições oficiais, a disposição dos membros da organização e o clima de desafio foram aspectos que engrandeceram o evento.
Começamos a temporada 2022 com o azimute certo.
Abaixo duas lives que fizemos sobre o TCO. A primeira, realizada antes do evento:
Aqui a live resenhando o evento:
A organização do evento disponibilizou um álbum de fotos que você pode apreciar clicando aqui.
Olá, orientistas e entusiastas dos esportes outdoor e de navegação.
No dia 06 de fevereiro de 2022, realizamos no Parque Bosque do Sudoeste uma pista treino com mapa impresso e prismas físicos, utilizando o MapRun6.
Foram aproximadamente 50 orientistas que aproveitaram o momento para reviver uma pista sprint e usufruir dos benefícios do aplicativo MapRun6. Ainda, uma oportunidade de treino preparativo para o Troféu Cerrado de Orientação 2022.
Quem quiser praticar o esporte no Parque Bosque do Sudoeste basta acessar o mapa no aplicativo MapRun6 (disponível para Android e IOS). O aplicativo também permite o download do mapa em formato .pdf para impressão. Portanto, é possível praticar usando a tela do celular ou o mapa impresso. A segunda opção considero a melhor, pois o aplicativo fará o papel de um chip de controle e do sistema de apuração. Aproveitem!
Abaixo um vídeo da pista, no formato "tempo real":
Fechamos o ano de 2021 com mais de 40 lives. E a temporada de 2022 já começou.
Em 2021, ainda sob impacto da pandemia da Covid19, ainda assim conseguimos acompanhar a realização de vários eventos. Tivemos, enfim, o CamBOr 2021, a Copa Sul, e alguns eventos locais. Vários estados se mobilizaram para proporcionar ao menos um torneio de orientação. E tivemos, enfim, o uso do MapRun6 em uma prova na cidade de João Pessoa, na Paraíba. Quem fez as honras deste evento foi o casal Estrela e Suênia, do clube Corele.
Ainda com relação ao CamBOr 2021, fizemos a doação de R$93,79 ao Calangos do Sertão. Este foi o valor decorrente das compras que vocês realizaram na Decathlon, utilizando os links que compartilhamos nas nossas lives do YouTube. O Calangos do Sertão fez uma campanha de arrecadação financeira para custear a ida de alguns de seus atletas ao campeonato brasileiro.
Agora em 2022 já foi inaugurada a primeira Pista Permanente de Orientação em Salvador, Bahia. Também utilizando o MapRun6. O clube Carcará Expedições e Aventura é o responsável. E logo no início de fevereiro teremos o II City Race de João Pessoa. Seguindo o sucesso da primeira edição realizada em 2021, tendo o MapRun6 como sistema de apuração e registros.
Infelizmente, o POM (Portugal O-Meeting) foi cancelado. Isso reforça a importância de levarmos a sério os reflexos da atual pandemia. Este evento é considerado como um dos melhores do mundo, além de ser a abertura oficial da Orientação Pedestre mundial. Esperamos que em 2023 tenhamos, enfim, uma grande festa nas terras portuguesas.
Aos poucos, o mapa de competições de orientação no Brasil vai se desenhando.
Já as provas de corridas de trilha, corrida de aventura e treking estão com seus calendários bem robustos. Em Brasília, por exemplo, teremos em março a volta do Circuito Ecocross. Ocorrerá no Morro da Capelinha. E em Campos do Jordão foi divulgado o boletim do Rocky Mountain Games 2022.
Não custa lembrar que todas essas provas nacionais dependem do aval das autoridades sanitárias.
Quem estiver em Brasília pode aproveitar o aplicativo MapRun6 e realizar um percurso de corrida de Orientação no Parque de Águas Claras. O parque está a 25 minutos da capital, na cidade satélite de Águas Claras. Inclusive com acesso via transporte coletivo (metrô ou ônibus).
Você pode realizar o percurso utilizando somente o seu telefone celular ou imprimir o mapa em formato .pdf, que está disponível clicando aqui.
E para saber mais sobre o aplicativo, tem post aqui no blog e uma live muito interessante sobre o primeiro uso em evento oficial do MapRun aqui no Brasil.
Ao ler sobre as medidas que várias modalidades desportivas estão tentando implementar para mitigar o risco de contaminação não só para os atletas como para os expectadores e a comunidade envolvida, acabei refletindo sobre a grande oportunidade que temos nas mãos.
Se você se incomodou com esse primeiro parágrafo, não se preocupe. Essa era uma das intenções. Mas não apenas provocar. Vou apresentar algumas informações para que criem o seu referencial e, por conseguinte, as contribuições para utilizar na própria modalidade.
Nos esportes de arena (futebol, vôlei, basquete, MMA, tênis etc.) todos os protocolos que estão sendo criados buscam mitigar a possibilidade de contágio por meio de uma série de testes para os atletas e a realização dos eventos sem público. Exemplos que deram certo, e que deram errado, não faltam. Já houve contaminação em massa envolvendo um torneio de tênis promovido por Novak Djokovic; já houve partida de futebol cancelada minutos antes devido aos resultados de testes de laboratório; já vimos que não é possível realizar uma corrida de rua nas atuais circunstâncias.
Praticamente todas as modalidades desportivas tiveram os eventos de seus calendários 2020 cancelados ou adiados.
Nos esportes outdoor (corridas de rua, de aventura, skate, mtb etc.) as propostas de protocolos acabam sendo mais complicadas quando comparadas com os eventos que são realizados em espaços controlados (quadras, estádios, arenas, piscinas etc.). Apesar de serem atividades ao ar livre, em sua grande maioria, justamente o livre acesso e a falta de controle total do que é proposto acaba tornando mais difícil garantir que os participantes não serão contaminados.
Mas vamos falar mais especificamente da corrida de Orientação, remetendo à oportunidade citada no primeiro parágrafo.
Como todos sabem, a corrida de Orientação, generalizando, é uma modalidade realizada ao ar livre (não vamos tratar aqui do indoor-orienteering) e cujos competidores possuem horários de partida em pequenos blocos. Essa breve definição já nos permite inferir duas vantagens em relação a várias outras modalidades desportivas: realização em áreas abertas e largadas com fluxo que pode ser definido.
Alguns aspectos ainda precisam ser mitigados quando tratamos das possibilidades de contágio durante nossas atividades, sejam treinos ou competições: o fluxo de pessoas nas arenas, o contato entre atletas nos pontos de controle (prismas) e o comportamento dos próprios atletas no pós-prova (reuniões, debates sobre mapas etc).
Algumas atividades e experiências no âmbito da corrida de Orientação já apresentam soluções para lidar com os riscos de contaminação. Dentre elas, o uso de EPI para a equipe organizadora do evento; a eliminação de pontos de concentração pré e pós-prova; maior intervalo entre as partidas; menor número de atletas por bateria de largada; fim dos espaços destinados a alimentação, apuração, banheiros e fotos; ausência de premiação.
Importante analisarmos tecnicamente todas as ações propostas em em andamento que visam o retorno das atividades externas da corrida de Orientação.
Faz algum tempo, versei aqui sobre a gestão de riscos na modalidade. Inclusive apresentei uma tabela a qual foi copiada e é utilizada até hoje por muitos organizadores. Bom, a gestão de riscos possui alguns princípios os quais vou resumir na sequência abaixo:
identificar os perigos;
realizar uma análise das consequências advindas dos perigos, em termos de probabilidade e severidade;
atuar frente aos riscos isolando, eliminando ou mitigando as causas;
avaliar se as medidas adotadas foram eficazes e retroalimentar o sistema.
Transpondo essa lógica de ações na corrida de Orientação considerando o cenário atual de pandemia e os números elevados de contaminação e óbito em nosso país, podemos considerar o seguinte:
Perigos:
presença de atletas contaminados no local de treino/prova;
bases de controle;
banheiros químicos;
áreas de concentração;
ausência do uso de epi (máscaras);
reuniões pós-atividade no local de treino/prova;
uso de SiCard ou cartões de picote;
Riscos:
atletas contraem a Covid19 no local de treino/prova;
atletas portadores sofrem complicações durante o treino/prova;
Ações frente aos riscos:
eliminar os pontos de concentração;
uso do SIAC ou outro meio sem contato;
aumento do intervalo entre partidas;
uso obrigatório de máscaras na arena;
EPI para toda equipe de organização;
ampliar áreas de estacionamento;
envio de informes de conscientização sobre a Covid19;
diminuição do número de treinandos/competidores por pontos de controle (gestão dos percursos);
incentivar o uso de SIAC ou outros equipamentos sem toque;
envio de resultados via web;
realização de eventos remotos pré e pós atividades (lives, videoconferências etc.).
Para concluir, é imprescindível que os organizadores desses eventos respeitem as regras locais definidas pelas autoridades sanitárias.
Voltando, então, à afirmação de que a pandemia é uma grande oportunidade para nosso esporte, lembro a vocês que os demais tipos de corrida, cuja partida é em massa, dificilmente poderão adotar os mesmos protocolos.
É aí que vejo que podemos conquistar os corredores de rua, de trilha, de montanha, os ciclistas de asfalto, de MTB, os corredores de aventura e todos aqueles esportistas que não querem ficar parados ou que estão ampliando os horizontes para novos desafios.
Precisamos criar meios de divulgar nosso esporte e o quão ele pode ser seguro mesmo em um período tão complicado. Claro que é fundamental que essas medidas sejam debatidas e criticadas, na busca de eficiência e eficácia.
E por falar em meios de divulgação, desde o último post já foram realizadas mais de 35 lives tratando do nosso esporte. Tem desde análises de rotas até lives de premiação das etapas do CamBOr Virtual. Se você ainda não assistiu, passe lá em nosso canal no YouTube e aproveite.
Se puder, deixe um comentário. Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto ou se você está participando de alguma atividade externa de orientação durante a pandemia.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Desde dezembro, de algum modo, estávamos cientes da existência
de uma nova variação de coronavírus. O epicentro da propagação era a China,
país que adotou várias medidas para mitigar os danos provocados pela epidemia. Alguns
países vizinhos se isolaram e, assim, conseguiram impedir um avanço
descontrolado. Entretanto, num mundo sem fronteiras, a Itália se tornou um
ícone. E agora, depois de 3 meses, nosso país começa a sentir os reflexos do
que já se chama pandemia. Para variar, somente depois do carnaval acenderam a
luz de alerta. Sei que muitos ainda duvidam do potencial negativo do contágio
em massa. Muitos estão com esperança de que nosso país não será atingido, ou
que lidará com sucesso contra a doença. Muitos acreditam que é tudo uma teoria
da conspiração. Outros estão em pânico, inclusive desabastecendo o mercado de
produtos para proteção. Talvez, quiçá, se esquecendo que os vizinhos também
precisam de álcool gel e outros itens protetivos.
Agora parece que a ficha está caindo. O jogo de futebol que
não será transmitido, aquela corrida de rua que foi adiada, os filhos que foram
liberados da escola, as ruas com trânsito tranquilo... a tia do primo do
vizinho que conhece fulano que está infectado...
É bem assim mesmo. O que chamavam de falso alarmismo era, na
verdade, uma falta de atitude em prevenir algo que estava batendo à nossa
porta.
Temos um calendário ativo de atividades de corridas de
orientação. E há uma aparente nuvem encobrindo qualquer fala que sugira o
adiamento de provas ou a solicitação de um posicionamento das autoridades
competentes. Nesse cenário, por exemplo, ocorreu a Copa Sul. No próximo final
de semana temos eventos programados em alguns estados. Qual a situação deles? Até
agora, um evento que ocorreria em Goiânia-GO, foi cancelado. Também a Federação de Pernambuco confirmou suspensão das atividades. Aplaudo a
atitude, pois estão seguindo a recomendação das autoridades locais.
E o CamBOr? Sobre este, não posso falar. Apenas imaginar que
já estão com um plano B e um plano C bem desenhados. Que estão cientes sobre as
restrições a grandes aglomerações. Que previram a possibilidade de que os
competidores nem tenham condição de chegar por via aérea devido ao encolhimento
da malha. Que quanto mais tarde houver definição, em caso de adiamento, maior
prejuízo financeiro terão os inscritos. Conheço alguns dos responsáveis pelo
evento e nesses poucos eu confio. Entendo a dimensão do que pode ser um
problema, e creio na capacidade deles em tratar o caso com a seriedade merecida.
Talvez a CBO e seus federados estejam com o receio de causar
pânico, ou que medidas restritivas firam a imagem da entidade. Mera especulação
de minha parte. Mas se for esse o receio, podem ficar tranquilos. Grande parte
já está contando com essa possibilidade. E os que pensam contrário vão
agradecer daqui há algumas semanas.
Quanto às corridas de rua e corridas em trilha, essas já
vinham sendo canceladas. Agora é um momento de unirmos forças em benefício da
coletividade.
Sugiro aos colegas que fiquem atentos aos informes das companhias
aéreas e rede hoteleira caso sejam impactados pelas decisões que virão. Quanto antes
se informarem, melhores serão as decisões. Lembrando sempre que buscar a fonte
é a melhor maneira de evitar notícias falsas.
Que tenhamos capacidade para lidar com essa adversidade.
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
Aqui a mais recente atualização do nosso calendário. As informações foram extraídas do site da CBO, de mensagens dos organizadores e de sites das Federações e clubes.
Aproveite para se programar. Afinal, nada melhor que conjugar aquela viagem, seja a trabalho ou a lazer, com uma pistinha de Orientação. Não só isso! Planeje seus treinos para obter os melhores resultados nas competições que você pretende participar.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.
Boas rotas \o/
2020 já começou e acredito que todos vocês já estejam traçando as rotas para que seja um ano com muitas corridas de orientação.
Eu mesmo já estou organizando a agenda para alguns eventos importantes. Claro que com a devida autorização da família. No ano passado, deixei de competir para curtir o melhor dos presentes que a vida poderia me dar. Agora é hora de reiniciar os treinos e me preparar para alguns novos desafios pessoais.
E para ajudar toda a família orientista a planejar seus eventos, busquei reunir em um único calendário as atividades mais significativas já programadas para este ano. A maior parte das informações foi extraída dos sites das federações estaduais e do site da IOF. Também recebi informes de alguns clubes e promotores de eventos. Vou deixar o calendário disponível no formato .pdf (clique aqui) e compartilhar em alguns grupos de aplicativos de mensagens e nas redes sociais.
Você também pode colaborar, seja divulgando, seja informando alguma alteração ou inclusão de evento. Sempre que possível, efetuarei os ajustes necessários, informando a data da atualização.
Ah, não se esqueçam de conferir as informações oficiais nos sites das federações, da CBO e da IOF.
Que tenhamos todos um 2020 com ótimas rotas.
Boas rotas \o/
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
Uma imagem para encher de alegrias nossos dias. Para renovar nossas energias. Para marcar uma nova fase na vida deste cara que vez ou outra compartilha no blog suas aventuras e desventuras ;-)
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
Hora de estudar os erros e acertos do meu percurso longo no CamBOr 2019. O verbo é esse mesmo: estudar. Ao mesmo tempo que discorro sobre meu percurso, espero poder ajudar a você, que está lendo este post. Aproveitando o momento, meus sinceros parabéns por estar aqui, buscando aprimorar os conhecimentos. Sabemos que poucos são os que continuam desenvolvendo esse saudável hábito.
Sobre os resultados da etapa e álbum de fotos, há um post específico aqui no blog. Então, vamos à nossa análise. Nosso foco é o mapa da H35A, percurso longo. Categoria na qual (ainda) participo.
Dessa vez a análise será toda utilizando o 2DRerun - site que reúne uma vasta gama de mapas e rotas de orientistas, inclusive daqui do Brasil. Como de praxe, em cada rota destacada vou citar o que planejei, o que fiz e o que deveria ter feito caso tenha cometido equívoco no planejamento inicial. Também vou considerar minhas metas: percorrer no máximo 20% além da distância declarada do mapa, num pace de até 7'/km (sete minutos para cada quilômetro percorrido).
Neste mapa, a distância da linha vermelha era de 6,4km. Isso me dava uma margem para percorrer mais 1,3km e dispender até aproximados 54 minutos (7'/km X 7,7km). Essa foi a expectativa. Minha realidade foram 8,06km de distância total num pace de 7'54"/km, totalizando 1h03' de prova. Isso me deu a segunda colocação. O Rafael Oliveira, que chegou em primeiro, completou o percurso em 58'40", percorrendo 8,35km.
Abaixo o mapa da prova (H35A e H40A pertenciam ao mesmo grupo) com as rotas de alguns competidores e, após, um somente com minhas escolhas:
Rota do ponto 1 para o ponto 2
O que planejei: seguir em azimute.
O que fiz: na metade da rota tive que dar apoio a uma criança do projeto de iniciação da cidade. Me senti na obrigação de levá-la até a estrada para que ficasse em um corredor seguro. Depois de deixá-la na estrada, com o seu mapa orientado, retornei para o ponto 2. Quase 2' além do necessário para essa rota.
O que deveria ter feito: pela disputa, o correto seria seguir conforme o planejado. Entretanto, agi dentro do que se espera do fair play. E acredito que outros orientistas também auxiliaram alguém durante a prova.O fato deve ser avaliado pelos organizadores, que colocaram crianças novatas em uma área branca, com poucas referências. E em pleno CamBOr. Em complemento, era nítido que não só a criança que auxiliei, mas outras várias estavam ali sem noção adequada de como se orientar.
Rota do ponto 2 para o ponto 3
O que planejei: seguir pela trilha margeando a área branca até o seu final, depois pegar a trilha em direção ao ponto 5. De lá, seguir em azimute para o ponto 3, passando pela área entre a elevação pedregosa e a vegetação fechada, ficando mais próximo da linha vermelha.
O que fiz: segui conforme planejado até a saída do ponto 5 (que era meu checkpoint). Dali me desloquei com queda para a direita, vindo a sair à direita da vegetação fechada. Me equivoquei ao tentar consertar a direção contornando e voltando para a área pedregosa. A travessia foi extremamente difícil, pois a vegetação era mais complicada do que imaginei ao planejar a rota. Ao alcançar a área branca novamente, imprimi velocidade para atacar o ponto a partir de um cupinzeiro.
O que deveria ter feito: uma opção seria seguir pela estrada passando pelos três pontos de água. Teria condições de imprimir uma boa velocidade e compensar a maior distância. Mas a considerar o que fizeram meus oponentes, meu planejamento inicial era bom até a chegada ao ponto 5. De lá, deveria ter descido pela área branca entre os pontos 3 e 4, atacando o ponto 3 por cima. Ou seja, ao errar na saída do ponto 5, deveria ter observado que à minha frente era uma área branca, de fácil corrida. Provavelmente faltou concentração e oxigênio na hora de mitigar o erro percebido.
Observem no detalhe acima que gastei aproximadamente 3' desnecessariamente.
Rota do ponto 4 para o ponto 5
O que planejei: ao sair da área branca, pela linha vermelha, atravessar a cerca, contornar o penhasco e atacar o ponto pela pequena valeta.
O que fiz: segui conforme o planejado.
O que deveria ter feito: observando os colegas, uma opção seria seguir pela estrada à esquerda. Ocorre que seriam aproximadamente 200m a mais, com as mesmas curvas de nível para vencer. O que poderia ser compensado pela vegetação que eu já havia vivenciado quando da primeira passagem pelo ponto 5.
Os demais pontos foram atingidos sem maiores desvios. Também as rotas eram mais óbvias, sem muito o que escolher. O único suspense surgiu quando ataquei o ponto 11, que era também um ponto para jovens de categoria B. Pela dificuldade de chegar ali, imaginei que não seria um ponto para aprendizes. Na rota do ponto 11 para o ponto 12 muita gente aproveitou um corredor que havia sido formado pela passagem de outros atletas.
De um modo geral, considerando minha condição física à época, as rotas balizadas seriam uma ótima opção. Poderia tirar bastante vantagem utilizando as estradas e trilhas, já que essas foram as opções dos meus oponentes. Mesmo percorrendo distâncias maiores, eu poderia imprimir um pace abaixo de 5'/km naqueles trechos. Quando se tem condições de "compensar na perna", vale a pena considerar essa opção. É claro que a forma como os demais orientistas vão proceder é difícil de prever. O ideal, mesmo, é manter a calma, observar os aspectos técnicos (azimute, distância, curvas de nível etc.) e ajustar o esforço físico para não perder a concentração e o poder de raciocínio.
Bom, essa foi a minha análise. Gostaria muito de ler comentários de vocês sobre esse mapa e, também, sobre o novo formato do CamBOr em etapa única. É muito importante debatermos com seriedade esse evento, para que os próximos sejam ainda melhores.
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
O dia 2 da competição foi dedicado ao percurso longo, na
fazenda Paineiras. A arena, muito bem montada, contou com várias amenidades. E
a organização do evento preparou um ponto de expectador para que todos pudessem
acompanhar mais de perto os atletas.
Quanto ao ponto de expectador, aparentemente o objetivo não
foi alcançado, pois o público presente optou por acompanhar os atletas na
linha de chegada. Talvez o motivo tenha sido a distância e o declive, que acabaram sublimando as expectativas.
Um grande número de crianças iniciantes também aproveitou a estrutura do evento. Neste ponto, observo que elas iniciaram seus percursos
em área branca. Muitas delas acabavam por solicitar ajuda dos atletas,
demonstrando que talvez ali não fosse um local ideal para essa iniciação.
Entretanto, foi realmente bonito de ver aquela galerinha toda com seus mapas e
vibrando a cada pontinho encontrado.
Os resultados do percurso longo estão disponíveis no
Helga-O. E temos um excelente álbum de fotos, com mais de 650 imagens de
presente para vocês. Veja todas elas clicando aqui.
Depois do percurso longo foi realizada a Assembleia da CBO,
na qual houve a aceitação das contas prestadas pela gestão do presidente Sergio
Mendes, além da eleição para a nova diretoria e conselho fiscal.
A noite terminou com a realização do SimpOrient. Um evento científico
de primeira linha onde os presentes
compartilharam várias experiências em prol do desenvolvimento do esporte.
No domingo foi realizado o percurso médio e a premiação do Pre-O e do CamBOr. O álbum de fotos deste dia está muito bacana. Conta com várias fotos feitas pelo colega Neviton, da Bahia. Clique aqui para conferir.
Importante ressaltar que toda a comunidade da cidade estava ciente da magnitude deste CamBOr. Foi muito legal ouvir as perguntas e perceber o incentivo dos populares. Arisco dizer que muito se deve ao envolvimento da prefeitura municipal, cujo chefe do executivo local é, também, um orientista. Meus sinceros parabéns aos envolvidos.
Deixo aqui, também, o link para uma das matérias televisivas sobre essa competição. A matéria está bacana e mostra vários orientistas em ação. Clique aqui para assistir.
Assim que possível, quero conversar com vocês sobre minhas rotas. Mas isso é assunto para um outro post, bem detalhado.
E você? O oque achou dos percursos tradicionais do CamBOr 2019? Deixe
aqui seus comentários. A família orientista agradece.
Seja inteligente! Pratique a corrida de Orientação.