Faz algumas semanas estivemos em Rio Negrinho - SC, participando da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Orientação.
Após o trágico acidente ocorrido no dia 23/04, durante a disputa do percurso longo, optamos por manter o silêncio não só em respeito ao colega Torrezam, mas também para dar tempo a todos os leitores deste site e aos organizadores dos eventos para refletirem sobre os aspectos de segurança que tanto defendemos serem implantados ou simplesmente cumpridos no nosso esporte.
Que fique bem claro (e aqui falarei em primeira pessoa) entendo que deve haver uma grande mobilização de toda a comunidade orientista no sentido de promover melhorias para que não tenhamos a repetição de acidentes durante a realização de competições. Não se trata apenas de promover barulho. Isso por si só não resolve. Vide algumas publicações aqui no sítio sobre coisas simples (e igualmente absurdas), como a oferta de água bruta para hidratação de competidores (leia aqui e aqui). O assunto é extremamente delicado. Deve ser tratado com seriedade e sem melindres.
Me pergunto em que profundidade pensaram na possibilidade de termos água contaminada em uma dessas "fontes" de hidratação. Quais medidas preventivas foram adotadas quanto à possibilidade de termos uma queda fatal ou choque anafilático por conta de abelhas? Nas competições que participamos, existem rádios e equipes de resgate dispostos em pontos avançados numa área de competição? É oferecida a contratação de seguro de acidentes pessoais para os orientistas? Quais são os equipamentos que eu, como competidor, posso carregar comigo para utilizar em caso de emergência? E você, leitor, considera essas perguntas inadequadas à modalidade Orientação?
A comunidade não deve continuar inerte. A comunidade tem potencial para provocar melhorias. A comunidade orientista, enfim, tem total condições de revolucionar positivamente a Orientação brasileira.
Outrossim, em junho teremos a II Etapa do CamBOr. É imperioso que a organização do evento seja transparente e apresente aos orientistas quais serão os esquemas de segurança adotados para que tenhamos um ambiente adequado e primando por nossa incolumidade física.
De imediato, e por estar filiado à FODF, com autorização da entidade, proferi uma pequena palestra versando sobre gestão de riscos nos eventos locais. Aparentemente, o assunto foi bem recebido e restou claro a todos os presentes que com um pouco de energia temos condições de evitar novos acidentes, ou ao menos temos capacidade de agir mais rapidamente caso, mesmo com a adoção de mitigações, ele (o acidente ou incidente) ocorra.
Me coloco à disposição da comunidade orientista para dividir ideias relativas ao tema.
Sobre os percursos longo, médio e a premiação, formaram o pódio na categoria Elite masculina, respectivamente, os atletas Leandro Pasturiza, Cleber Vidal, Ironir Ev, Everton Markus e Sidnaldo Sousa.
E na Elite feminina, sagrou-se campeã Leticia Saltori, seguida respectivamente por Franciely Chiles, Miriam Pasturiza, Edinéia dos Santos e Camila Cortinhas.
A cerimônia de encerramento ocorreu dentro do horário estimado e serviu para informar a todos sobre a decisão da CBO em alterar o nome do CamBOr 2016. Em homenagem a Itamar Torrezam, o torneio passa a ser denominado Campeonato Brasileiro de Orientação Itamar Torrezam.
Abaixo os mapas com minhas escolhas:
Revezamento H Master A |
Percurso longo H35A |
Percurso médio H35A |
Veja em nossos álbuns de fotos se você foi clicado.
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Boas rotas \o/
orientistaemrota