Olá, estimados orientistas.
Desde dezembro, de algum modo, estávamos cientes da existência
de uma nova variação de coronavírus. O epicentro da propagação era a China,
país que adotou várias medidas para mitigar os danos provocados pela epidemia. Alguns
países vizinhos se isolaram e, assim, conseguiram impedir um avanço
descontrolado. Entretanto, num mundo sem fronteiras, a Itália se tornou um
ícone. E agora, depois de 3 meses, nosso país começa a sentir os reflexos do
que já se chama pandemia. Para variar, somente depois do carnaval acenderam a
luz de alerta. Sei que muitos ainda duvidam do potencial negativo do contágio
em massa. Muitos estão com esperança de que nosso país não será atingido, ou
que lidará com sucesso contra a doença. Muitos acreditam que é tudo uma teoria
da conspiração. Outros estão em pânico, inclusive desabastecendo o mercado de
produtos para proteção. Talvez, quiçá, se esquecendo que os vizinhos também
precisam de álcool gel e outros itens protetivos.
Agora parece que a ficha está caindo. O jogo de futebol que
não será transmitido, aquela corrida de rua que foi adiada, os filhos que foram
liberados da escola, as ruas com trânsito tranquilo... a tia do primo do
vizinho que conhece fulano que está infectado...
É bem assim mesmo. O que chamavam de falso alarmismo era, na
verdade, uma falta de atitude em prevenir algo que estava batendo à nossa
porta.
Temos um calendário ativo de atividades de corridas de
orientação. E há uma aparente nuvem encobrindo qualquer fala que sugira o
adiamento de provas ou a solicitação de um posicionamento das autoridades
competentes. Nesse cenário, por exemplo, ocorreu a Copa Sul. No próximo final
de semana temos eventos programados em alguns estados. Qual a situação deles? Até
agora, um evento que ocorreria em Goiânia-GO, foi cancelado. Também a Federação de Pernambuco confirmou suspensão das atividades. Aplaudo a
atitude, pois estão seguindo a recomendação das autoridades locais.
E o CamBOr? Sobre este, não posso falar. Apenas imaginar que
já estão com um plano B e um plano C bem desenhados. Que estão cientes sobre as
restrições a grandes aglomerações. Que previram a possibilidade de que os
competidores nem tenham condição de chegar por via aérea devido ao encolhimento
da malha. Que quanto mais tarde houver definição, em caso de adiamento, maior
prejuízo financeiro terão os inscritos. Conheço alguns dos responsáveis pelo
evento e nesses poucos eu confio. Entendo a dimensão do que pode ser um
problema, e creio na capacidade deles em tratar o caso com a seriedade merecida.
Talvez a CBO e seus federados estejam com o receio de causar
pânico, ou que medidas restritivas firam a imagem da entidade. Mera especulação
de minha parte. Mas se for esse o receio, podem ficar tranquilos. Grande parte
já está contando com essa possibilidade. E os que pensam contrário vão
agradecer daqui há algumas semanas.
Acabei fazendo algumas leituras nos informes que recebi de outros
países e também busquei saber o posicionamento oficial de entidades mundo
afora. E hoje a IOF publicou uma ação mais enérgica, cancelando ou adianto todosos seus eventos programados até 31 de maio corrente. Um percurso natural, já
que os países estão fechando suas próprias fronteiras.
Quanto às corridas de rua e corridas em trilha, essas já
vinham sendo canceladas. Agora é um momento de unirmos forças em benefício da
coletividade.
Sugiro aos colegas que fiquem atentos aos informes das companhias
aéreas e rede hoteleira caso sejam impactados pelas decisões que virão. Quanto antes
se informarem, melhores serão as decisões. Lembrando sempre que buscar a fonte
é a melhor maneira de evitar notícias falsas.
Que tenhamos capacidade para lidar com essa adversidade.
Seja inteligente! Pratique a corrida de orientação.
Boas rotas \o/
orientistaemrota
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