sábado, 27 de agosto de 2016

Análise de rotas II Etapa do CamBOr 2016. Parte II - Percurso Médio

Análise de Rotas Percurso Médio – H35A

Depois de alguns anos disputando o CamBOr na categoria H21A, mudei para a H35A. A transição se deve, principalmente, a dois aspectos: meus 40 anos de idade e a confiança de que posso disputar em igualdade com os colegas da categoria, mesmo sendo eles, em bom número, provenientes da H21E com dedicação exclusiva.
Recuperado do enorme desgaste causado pelo Percurso Longo, e ciente de que as estimativas de tempo foram superestimadas pelo organizador (em várias categorias, muitos competidores levaram mais de 2h para terminar seus percursos), hora de tentar ganhar algumas posições para, quem sabe, figurar entre os 10 primeiros da categoria. O primeiro aspecto que tratei internamente foi exercitar mentalmente o tipo de relevo e sua vegetação de difícil progressão.  A largada no início do pelotão trouxe a ansiedade em percorrer o mapa sem ser alcançado pelos colegas que viriam após. Vamos tratar aqui das rotas 1-2 e 8-9.

Este é o mapa com minhas rotas:




Rota do ponto 1 para o ponto 2



O que planejei: seguir em azimute para o ponto, utilizando como linha de segurança o topo da elevação.
O que fiz: segui conforme o planejado, mas o deslocamento tendeu para a esquerda. Não utilizei os cupinzeiros como pontos de checagem e acabei descendo além do necessário. Ao não encontrar o ponto na primeira tentativa, retornei para o topo da elevação, mais uma vez sem obter êxito. Na segunda tentativa de encontrar o prisma pela esquerda da elevação, desci um pouco mais à frente e concluí o trecho. Me pareceu que o ponto estava um pouco deslocado à frente e à esquerda do topo da elevação, diferentemente da localização do mapa.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, mas fazendo a contagem adequada da distância e seguindo os pontos de checagem. Importante observar que deslocamentos em diagonal nas elevações normalmente tendem a curvar para seu lado mais baixo (como se estivéssemos seguindo a direção que a água tomaria). Outro detalhe que merece atenção é que a vegetação e o relevo deste trajeto tornaram o deslocamento extremamente lento. Notem que praticamente todo o percurso está em vermelho, sendo necessários mais de 2’para percorrer os 100m entre um ponto e outro.
Foram pelo menos 40” perdidos neste pequeno trecho.

Rota do ponto 8 para o ponto 9


O que planejei: seguir para o ponto nove descendo o trecho com uma queda proposital para a direita, utilizando a valeta como corrimão. Diminuir a velocidade na valeta para não passar do ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado. Mas não contei os passos duplos. Perdi a noção da distância e imaginei que havia passado do ponto. Iniciei nova subida, retornando ao início da vegetação mais densa da valeta. Dali desci novamente, obtendo êxito.
O que deveria ter feito: uma das opções era seguir conforme o planejado, mas com a adequada contagem de passos. Uma segunda opção seria descer rumo ao ponto em azimute e utilizando como barreira de proteção a valeta perpendicular após o ponto, ou ainda como ponto de checagem a árvore de destaque à esquerda do prisma.

Como podem ver, esta foi uma prova mais consistente. Isso se deve, entre outros, ao fato ter enfrentado o relevo e a vegetação no dia anterior. Completei a prova em 59'28", o que me deixou na 3ª colocação nesta prova e 4º colocado na classificação final da etapa. Ainda há o que melhorar. Que venha o próximo CamBOr.

Os resultados oficiais estão disponíveis aqui.

Boas rotas \o/
orientistaemrota

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