Por:
ROBERTO ALVES
CBO 2612 – FODF – COTi – H50A
Orientação é fácil de
implantar se você estiver preparado (Andersson, Goran - 2015)[i]. O como ensinar é muito
diverso e a maneira como as crianças aprendem também é (os pedagogos estudam
isso). A disponibilidade de material também é um fator importante nesse trabalho.
Essas são algumas razões que tornam mais desafiador o ensino não só no ambiente
escolar, mas também nos clubes.
Muitas vezes queremos
ensinar Orientação como aprendemos, utilizando os mesmos métodos e materiais.
Assim não vai rolar, é preciso criatividade. Ler, assistir, pensar todos os
dias e buscar novos materiais não importando a língua, até que você consiga
fazer o seu portfólio. E este portifólio deve ser adaptável de tal forma que
possa servir para a turma de hoje e para as próximas turmas, com novas crianças
e suas respectivas cargas físicas, intelectuais, psíquicas, sociais etc.
Crianças gostam de
desafio, mas de brincar também. Por isso, a importância do lúdico nas atividades.
Outra coisa importante que tenho visto mundo a fora, são os professores ou
instrutores ou técnicos serem catalizadores do conhecimento. Ou seja, deixam as
crianças fazerem/criarem as atividades que vão realizar a partir de uma
proposta clara de trabalho e com uma sequência didática com nível adequado a
sua idade, experiência e objetivo da atividade, proposta pelo professor. Elas
interagem com o material, leem, interpretam, manipulam, criam, confeccionam,
realizam e trocam experiências com os colegas. Tudo isso continuamente sendo
consolidado com o feedback do mestre. O trabalho consiste, em repetir, repetir,
repetir e ir desenhando, copiando, colando, e colocando nas mãos das crianças
material cada vez mais elaborado até chegar ao nível IOF.
O ensino da Orientação também
torna necessário que estimule a surgir lideres, referências, ou seja, fomente o
protagonismo. Talvez você pense que seja muito mas, na França, as crianças no
ambiente escolar nível médio já são estimuladas a se formarem técnicos,
árbitros. No Reino Unido, as crianças desenham seus próprios mapas, planejam os
percursos, desenham os símbolos, talvez estejam criando futuros mapeadores. O
Equador, com o programa MENTEAVENTURA, para mim, tem um dos melhores trabalhos
de iniciação à Orientação.
Então, neste momento de
eventos virtuais, é preciso não frustrar as crianças. Cabe ao responsável por
elas, após essas quatro etapas do e-CamBOr Virtual, reviver exercício por
exercício e apresentar um diagnóstico verdadeiro, deixando claro o que é que
eles já deviam saber e o que é que fugiu ao nível atual. Também que encarem
como uma atividade de sala de aula em que o professor (a) passou uma matéria e
na prova caiu um pouco mais.
Inclusive é importante
deixar claro para os iniciantes que uma exigência maior em determinados
momentos não invalida nada do que foi feito até então. E que desafios cada vez mais
complexos vão acompanha-los durante toda a vida, aonde quer que estejam. Por
isso, cada criança deve entender que é preciso fazer a diferença.
Fica ainda o ensinamento
que vem de nossos ancestrais: “É PRECISO SE SUPERAR. A VIDA É CHEIA DE DESAFIOS
E NÃO ESTAREMOS LIVRES DELES PELO RESTO DE NOSSAS VIDAS. ISSO É SÓ O COMEÇO".
[i]
Livrete: Legal, Incrível e Educativo, Estocolmo, 20 janeiro 2015. Traduzido
para o português pela CBO.
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