sexta-feira, 6 de abril de 2012

Análises dos percursos da I Etapa do CamBOr 2012

Olá, estimados orientistas!

O assunto ainda é a etapa do CamBOr realizada em Guaraniaçu, no estado do Paraná.
Trazemos aqui as rotas que um competidor da categoria H21A adotou para completar seus percursos Longo, Médio e Revezamento Master. Além disso, seguem impressões gerais sobre o evento.

A prova de Revezamento é tradicional nas disputas brasileiras. Trata-se de uma disputa onde cada equipe é formada por três atletas. As formações são somente homens, somente mulheres ou mistas; e as categorias principais da disputa são Júnior, Adulto, Master e Sênior. A comunidade de Linha Cascudo, próxima a Guaraniaçu, foi o palco dessa emocionante competição. A disputa ocorreu imediatamente após a cerimônia de abertura do evento e o horário de partida, 15h, sob um sol generoso, foi um desafio a mais para nossos competidores. Houve reclamação de atletas da categoria Adulto quanto à troca dos pontos 69 e 55, divergindo entre a localização real e a indicação cartográfica. Vejam o mapa e a rota da H21A:


Notem que a escolha de rota para alcançar o ponto 4 desconsiderou uma passagem, a qual foi utilizada por vários atletas. Outro ponto importante a observar foi o erro entre os pontos 10 e 11. O atleta prolongou o deslocamento pela curva de nível, perdendo assim alguns segundos preciosos. O pace médio no revezamento para esta categoria foi de 6,5 minutos por quilômetro. Isto porque, apesar da área ser limpa, havia quantia considerável de aclives e declives.

O segundo dia de disputa compreendeu uma novidade: foi disputado o percurso longo ao invés da tradicional prova de distância média. O fato foi bem recebido por todos, já que seu objetivo era tornar célere a premiação no domingo, facilitando o retorno dos atletas a seus lares. Entretanto, a primeira largada do sábado ocorreu somente às 10h, se estendendo até pouco mais do meio dia. Vejam o mapa e a rota:


Muita área branca, aclives e declives, além da vegetação rasteira e de médio porte em algumas partes do mapa tornaram essencial o uso de técnicas de navegação por curvas de nível. Também foi essencial dosar as energias para enfrentar as fortes subidas e não perder a capacidade de raciocínio. As rotas indicadas neste mapa perfizeram 8,5 km no tempo de 1h39'. O menor tempo neste grupo foi de 1h07' por um atleta da H35A. Vale ressaltar que H21A e H35A estavam no mesmo grupo de percursos. Um dos pontos mais difíceis foi o 4 (34), o qual foi o mais demorado para vários competidores. O percurso definido pelo atleta neste mapa proporcionou, em sua visão, os seguintes erros: erro de ataque no ponto 4 (34), pois houve uma contagem simples de 500m e a não observância de uma ravina à frente como ponto de segurança, além da perda de concentração ao perceber vários outros atletas procurando a esmo o mesmo ponto; erro de ataque no ponto 5 (33); erro de ataque no ponto 19 (48), já que o competidor optou por descer até o encontro de trilhas a fim de confirmar sua localização.

O terceiro dia de competição compreendeu o percurso médio. Este teve um tempo médio de 40' para ser completado dentre os que compunham as categorias H21A e H35A. Vejam o mapa e a rota:


Esta prova foi mais rápida, entretanto o grau de dificuldade permaneceu o mesmo do dia anterior. O atleta apontou as seguintes falhas: demora na orientação "fina" para encontrar o ponto 4 (48); saída errada do ponto 5 (53) desconsiderando a curva de nível principal e optando por atacar por baixo, demandando tempo excessivo e, devido à subida resultante, grande gasto de energia e tempo para alcançar o ponto 6 (78);  dúvidas quanto à eficácia da rota definida para alcance do ponto 8 (75) a qual pareceu mais "limpa"e ainda com um ponto de hidratação.

O pace médio da H21A nos percursos Médio e Longo foi por volta dos 11 minutos por quilômetro.

Considerando ser esta a primeira etapa do Brasileiro 2012, por não termos parâmetro de comparação, daremos nota máxima 8. Assim, acreditamos conferir maior justiça quando da avaliação das próximas etapas caso venham a apresentar aspectos que superem qualitativamente esta primeira etapa.

Qualidade dos mapas: 8
Qualidade dos percursos: 8
Campos de competição: 8
Infraestrutura/repouso: 7
Infraestrutura/arena: 8
Atrações turísticas: 6
Cerimônia de abertura: 8
Cerimônias de premiação: 8
Cerimônia de encerramento: 8
Divulgação dos resultados: 6
Troféus e medalhas: 7
Equipe de organização: 8
Apoio aos atletas: 8
Impressão geral: 8.

Os mapas, em melhor resolução, podem ser vistos também em nosso álbum. Clique aqui.

Boas rotas \o/
orientistaemrota

3 comentários:

  1. Antonio, vi nos mapas uma marcação da rota feita por vc. Qual equipamento vc usou, algum Data Logger? abração!

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    1. Olá, Raphael. Normalmente faço uso de um desses dois equipamentos: um relógio garmin forerunner 405 ou o dala logger I-gotU 600.
      Importante ressaltar que a IOF definiu que equipamentos com visor não podem ser utilizados, pois teoricamente auxiliam o seu usuário.
      O I-gotU atende às recomendações por não possuir visor. Além disso, é a prova d'água e tem autonomia para várias semanas.
      Estou preparando um tutorial de como utilizar o Quick Route. Assim que estiver pronto publico aqui.
      Espero ter ajudado.

      Boas rotas.
      orientistaemrota

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  2. é, o Forerruner é bem famoso.. e conheço alguns outros data logger tb... é que pelo que vi na foto ele marcou direitinho, acho que a diferença de cor no trajeto deve ser pela velocidade.. mto maneiro

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Obrigado, e boas rotas \o/