quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Brasil no Mundial Militar de Orientação 2013

Olá, estimados orientistas!


O Brasil esteve presente no Campeonato Mundial Militar de Orientação (WMOC na sigla em inglês).
A competição aconteceu em Eksjö, na Suécia, entre os dias 26 de agosto e primeiro de setembro.



Os resultados foram animadores para o Brasil, especialmente ao observarmos o desempenho de nosso time feminino. Assim como no mundial militar ocorrido no Brasil em 2011, mais uma vez nossas guerreiras mostraram que estão em franca evolução.


No masculino, a equipe brasileira formada por Ironir Ev, Leandro Pasturiza e Juscelino Karnikowski terminou a competição na 17 posição (123:44); e a equipe formada por Ronaldo Castelo, Renato Ferreira e Gilmar Steffler encerrou sua participação galgando a 28 colocação (150:09).


Já o time feminino, formado por Letícia Saltori, Tania de Carvalho e Miriam Pasturiza, conquistaram a sétima colocação (146:44), à frente de países como a Dinamarca e a  Bélgica.
Vale ressaltar o bom desempenho de Saltori, a qual vem apresentando uma curva ascendente promissora para a Orientação feminina brasileira. Letícia já foi entrevistada pelo blog Orientovar, em 2012, após obter o segundo lugar no Campeonato Sulamericano de Orientação (clique aqui para ler na íntegra).
E foi ela quem contou ao orientistaemrota suas impressões sobre este edição 2013 do Mundial Militar de Orientação:

Foi uma experiência muito grande participar de um Mundial Militar de Corrida de Orientação, a cidade Eksjo era pequenina e linda,com muitos jardins e o clima agradável, temperatura entre 12 e 15 graus.
A expectativa para correr na floresta era fora do serio, eu e o Coronel Jader(meu técnico) almejavámos um bom resultado,mas não esperavámos uma tão boa qualificação já de cara no primeiro Mundial,mas conseguimos enxergar a possibilidade de um pódio Brasileiro nos próximos Mundiais.Estamos treinando para isso,não somente no Mundial Militar como também no Mundial Civil.


A dificuldade maior foi o contato com a vegetação e compreender a curva de nível.
Fizemos o percurso controlado juntos (Tania,Elaine,Coronel Jader e eu) e prestamos muita atenção nos últimos detalhes antes da competição, já senti medo de não entender nada,pois realmente sentia que a Floresta era bem diferente do Brasil.
 
O primeiro percurso eu saí navegando muito lenta,mas aos poucos fui pegando afinidade e progredindo. Progressão que me fez chegar apenas 6 min atrás da campeã do Mundo. Cheguei a ver a atleta russa me passar na metade do percurso. Mesmo sabendo que a minha capacidade física era semelhante à dela, preferi continuar no meu ritmo, pois no outro dia eu necessitava entender também o terreno no percurso longo. Assim, conclui a prova com um ótimo tempo, mas fiquei com a 17 colocação.
 
O percurso longo também me deixou aflita, pois eu ainda sentia insegurança. No entanto, minha navegação foi além do que poderia imaginar. Eu estava correndo muito e no meio da prova cheguei a passar 5 atletas de outros países. Minha chegada foi impressionante, com direito a sprint final com as melhores do mundo. O que me rendeu a 11 colocação.
 
No Revezamento eu senti o peso da responsabilidade de ser a atleta número 1. Infelizmente não fui muito bem nos 3 primeiros pontos, mas no restante da pista corri muito bem. O que me levou a concluir que foi nesta prova que eu estava mais ambientada com o mapa. Creio que precisávamos de mais tempo, ou seja, o ideal era chegarmos mais dias antes da competição e treinar próximo da área, pois quanto mais afinidade criamos com o mapa e o terreno, maior é o nosso progresso.
 
Concluí que correr lá fora não tem muito segredo. E que é possível correr atrás de um bom resultado treinando em alto nível e de preferência próximo às áreas onde ocorrerão as competições.
 
Fiquei bem satisfeita e feliz com uma nova história para o Brasil no mundo da Orientação.
 
Muito obrigado ao orientistaemrota e  ao Joaquim Margarido por acreditarem que eu poderia e posso evoluir e crescer ainda mais neste mundo.
 
Um grande abraço.
 
Leticia Saltori.



Fotos gentilmente cedidas por Tania de Carvalho.

Na opinião do orientistaemrota, nossos atletas vêm provando que são capazes de figurar entre os melhores do mundo. Em que pese a diferença topográfica e de vegetação, oportunidades de participação em competições no exterior trazem um excelente aprendizado. Além de mostrar ao mundo nossa evolução no mundo da orientação.

Importante que os responsáveis pela gestão da modalidade no Brasil atentem para as importantes considerações dos orientistas que tiveram e terão a oportunidade de competir em outros países, principalmente na Europa. É preciso dar voz àqueles que deixam seus lares, família, trabalho, para nos representar. Eles, e elas, demandam uma grande energia para empunhar a bandeira brasileira e da CBO nas competições. E temos certeza de que fazem isso com o intuito de tornar melhor e maior a Orientação aqui no Brasil.

Parabéns à equipe brasileira que tão bem nos representou este evento!

Boas rotas \o/
orientistaemrota

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