domingo, 5 de fevereiro de 2012

O que virá em 2012 e os resultados da AGO

Olá, orientistas!

Como está nossa modalidade agora que se inicia o calendário desportivo de 2012?
As expectativas, como naturalmente deve ser, são sempre as melhores. E a resposta à pergunta acima requer uma breve reflexão sobre os passos dados em 2011. Olhar adiante sem se esquecer dos erros e acertos que permearam as atividades de Orientação. É esse o desejo do orientistaemrota, sem abdicar, claro, da nossa missão de exibir aqui as nossas grandes estrelas: vocês, orientistas!

Sobre a Assembléia Geral realizada no mês passado (27 a 29 de janeiro), enviamos algumas sugestões para a pauta de discussões. Estamos no aguardo de comunicação oficial da CBO sobre os resultados da AGO. O blog Brazil O-Life se adiantou e publicou algumas novidades debatidas neste encontro. São elas:

  1. A exigência de um conhecimento mínimo para participação em competições da CBO;
  2. nova redação para a regra número 1, ressaltando a navegação independente e o auxílio somente de mapa e bússola;
  3. definição das dimensões máximas de flâmulas para exposição em pódio;
  4. arrecadação de materiais para a prática da Orientação no Suriname e no Amazonas;

Pesquisamos o sítio da CBO mas não foi publicada a Ata da AGO 2012. O que esperamos que ocorra em breve. Enquanto não temos acesso ao completo teor das discussões, vamos buscando por outras fontes e tecendo comentários sobre as informações obtidas.
De início, consideramos positivas as decisões acima, cabendo elogiar em especial o item 1, pois temos visto inscritos sem um conhecimento mínimo necessário à prática da atividade e já disputando etapas do CamBOr. O que acaba refletindo em um número elevado de pessoas excedendo o tempo limite de 4 horas tal qual ocorreu no Campeonato Sulamericano de Orientação de 2011. Entretanto, cumpre deixar aqui um alerta: cursos de iniciação não podem ser vistos como fonte de arrecadação de recursos financeiros, tampouco como único quesito para se avaliar o grau mínimo de conhecimento técnico para competições oficiais. Acreditamos que seja necessária a inclusão de aspectos pedagógicos no currículo básico de Orientação. Num breve comparativo entre a forma como é ensinada a Orientação aqui no Brasil e na Europa, percebemos alguns desvios graves os quais acabam por desfigurar os benefícios intelectuais da modalidade, além de colocar em risco os futuros praticantes. Como exemplo, vale citar a introdução da bússola antes mesmo de o aluno conhecer a simbologia, o mapa e sua correspondência com o terreno. Este blogue sugere a leitura do livro "Orientação - Desporto com Pés e Cabeça", produzido pela Federação Portuguesa de Orientação, a FPO.
Louváveis, também, as propostas de arrecadação de materiais para prover a iniciação e a prática da Orientação em localidades mais carentes. Importante observar, no entanto, que aqui no Brasil a ação pode ser mais efetiva caso haja o envolvimento da CBO com as prefeituras e governos estaduais, pois existem programas oficiais de financiamento para a prática desportiva. Considerando os aspectos de integração social e terceiro setor, acreditamos no apoio de todos os confederados.

Assim que for divulgada a Ata da AGO, publicaremos aqui maiores impressões.

Boas rotas!
orientistaemrota

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